No último dia 4, o Fluminense conquistou a Libertadores de forma inédita no Maracanã ao derrotar o Boca Júnior na prorrogação por 2 a 1. Além de ser o primeiro título, a campanha teve algo de especial: a equipe comandada por Fernando Diniz venceu cinco campeões da competição em uma única edição, feito inédito para qualquer equipe.
A campanha tricolor
O Fluminense caiu no grupo D com River Plate, da Argentina, Sporting Cristal, do Peru, e The Strongest, da Bolívia. Os tricolores haviam somado seis pontos nas duas primeiras rodadas e iriam enfrentar o tetracampeão River Plate (1986, 1996, 2015 e 2018) no Maracanã. O Fluminense não apenas venceu como goleou a equipe argentina por 5 a 1 com direito de hat-trick de Germán Cano e mais dois gols de Jhon Arias. Na quinta rodada, o River venceu por 2 a 0 no Monumental de Nuñez. Os cariocas terminaram em primeiro do grupo com 10 pontos, empatados com os argentinos.
Os cinco gols da goleada do Fluminense sobre o River Plate por 5 a 1, no Maracanã (Reprodução/Instagram/@fluminensefc)
Nas oitavas de final, o Fluminense venceu o Argentino Juniors, campeão continental em 1985, no jogo da volta por 2 a 0 após empate em 1 a 1 na Argentina, selando, assim, sua classificação para a próxima fase do mata-mata. Samuel Xavier marcou um gol em cada partida e John Kennedy fechou o caixão aos 97 minutos do jogo da volta.
Nas quartas de final, enfrentou o tricampeão Olímpia (1979, 1990 e 2002), do Paraguai, que eliminou o rival Flamengo nas oitavas. O Fluminense venceu os dois confrontos por 2 a 0, no Maracanã, e por 3 a 1 fora de casa. André e Germán Cano marcaram no primeiro jogo e John Kennedy e Germán Cano duas vezes marcaram fora de casa.
Já nas semifinais, teve um confronto difícil contra o bicampeão Internacional (2006 e 2010) e, após empate em 2 a 2 no Maracanã, venceu no Beira-Rio de virada por 2 a 1 no fim da partida. Germán Cano marcou os gols no Maracanã e John Kennedy empatou o confronto no Beira-Rio. Cano, novamente, decidiu o confronto e marcou o gol da classificação.
A decisão
Na decisão, o Fluminense enfrentou o hexacampeão Boca Juniors (1977, 1978, 2000, 2001, 2003 e 2007), da Argentina, conhecido por ser o "bicho-papão" de times brasileiros, principalmente na década de 2000, no seu auge de títulos. O Boca se classificou em primeiro no grupo F que contava com Colo-Colo, Deportivo Pereira, da Colômbia, e Monagas, da Venezuela. No mata-mata, o Boca se classificou nos pênaltis em todos os confrontos contra o Nacional, do Uruguai, Racing, da Argentina, e Palmeiras. Em todas as partidas do mata-mata, o Boca empatou em 0 a 0, com exceção do jogo da volta da semifinal contra o Palmeiras, no Allianz Parque, que foi 1 a 1.
O gol do título de John Kennedy contra o Boca na prorrogação da final no Maracanã (Reprodução/Instagram/@fluminensefc)
Na final Germán Cano abriu o placar no primeiro tempo aos 36 minutos após Samuel Xavier cruzar rasteiro na marca do pênalti para o argentino completar para a rede. O Boca empatou a partida aos 27 minutos da segunda etapa, com o lateral direito peruano Luis Advíncula, que trouxe para dentro e bateu colocado de pé esquerdo para tirar do goleiro Fábio. Na primeira etapa da prorrogação, Keno escora de cabeça para a pequena área e John Kennedy pega de primeira para marcar o gol do título e selar a trajetória tricolor.
Foto destaque: Imagem da Conmebol para celebrar o novo campeão Fluminense (Reprodução/Site/Conmebol)