Nesta quarta-feira (9), Fernando Villavicencio, candidato à Presidência do Equador, foi vítima de um atentado durante evento político realizado no Anderson College, em Quito, capital do país. O terrorismo deixou milhares de feridos e mortos, entre elas, o suspeito que planejou atirar contra o candidato.
Sobre o ocorrido
Villavicencio foi baleado com três tiros na cabeça e mais 30 tiros disparados no evento, de acordo com Carlos Figueroa, amigo e médico que estava acompanhando o candidato. Pelo menos nove pessoas foram atingidas, além de seus apoiadores e seguranças no local durante o comício realizado em uma escola.
Segundo sua esposa, Verónica Saraúz, a equipe de segurança e logística falhou em ter escolhido a saída pela porta da frente, pois de acordo com o protocolo, o ideal seria Villavicencio ter deixado o local pela porta dos fundos, em que não há muita movimentação. “A equipe de segurança falhou. O chefe da logística e da segurança falhou. O Fernando deveria ter saído pela porta dos fundos, que nem o general Patricio Carrilo com a escolta da polícia”, desabafou em entrevista à rádio Élite.
Os momentos de pânico e tensão aconteceram logo depois do candidato fazer o seu discurso no evento, no qual mostram o desespero dos apoiadores ao tentar sair da escola. Por meio da mídia local, foram divulgados vídeos e imagens do chão com rastros de sangue e de pessoas correndo com medo de serem atingidas.
Ameaças e denúncias
Fernando Villavicencio antes de se candidatar à Presidência, era jornalista investigativo que tinha como foco as denúncias que envolviam o narcotráfico e a violência política que ocorre no país. Não à toa, uma das principais promessas em sua campanha era combater o crime, construindo uma prisão de segurança máxima.
Candidato à Presidência durante encontros com apoiadores. (Vídeo: reprodução/Instagram/@fernandovillavicencioec)
Fernando já havia denunciado diversas ameaças de uma facção criminosa chamada “Los Choneros”, em que estava recebendo durante seu processo eleitoral, porém se recusava a usar coletes à prova de balas para se proteger contra qualquer tipo de atentado em seus encontros.
Mesmo com o clima político estar em desavenças e tensão, ele não é o primeiro candidato que acaba sendo assassinado quando o assunto é sobre narcotráfico. Um candidato a deputado também acabou sendo morto devido aos seus discursos serem ligados a esse assunto.
Foto Destaque: Fernando Villavicencio, candidato à Presidência do Equador. Reprodução/Instagram/@fernandovillavicencioec
