O ex-vereador do Podemos, Jair Barbosa Tavares, mais conhecido como Zico Bacana, morreu nesta segunda-feira (7) após ser baleado na cabeça em um ataque no bairro de Guadalupe, Zona Norte do Rio. Além dele, o caso teve outras duas vítimas: Marlon Correia dos Santos e Jorge Barbosa Tavares, irmão do ex-parlamentar. Os três chegaram a ser levados para unidades hospitalares, mas não resistiram.
A Polícia Militar do Rio informou que agentes do 41º Batalhão de Polícia do Irajá foram acionados após um veículo não identificado estacionar em frente a um estabelecimento comercial e efetuar disparos contra o grupo que estava dentro de uma padaria. De acordo com o posicionamento da Polícia Civil, perícias serão realizadas no local do ocorrido e diligências estão em andamento para averiguar a motivação do crime e possíveis autores.
Marlon Correia dos Santos e Zico Bacana foram encaminhados no final da tarde ao Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo. No entanto, segundo a direção da unidade informou ao jornal O Globo, o político teria chegado ao local já morto, enquanto a outra vítima faleceu após não resistir aos ferimentos. Por sua vez, Jorge foi encaminhado ao Hospital Estadual Carlos Chagas, já sem vida.
Nas redes sociais, políticos ligados à Zico Bacana reagiram ao ocorrido.
Pedro Paulo e Zico Bacana (Reprodução/Instagram/@rio.pedropaulo)
Carreira ligada à Polícia e envolta em investigações
Zico Bacana se elegeu vereador em 2016 pelo antigo PHS (Partido Humanista da Solidariedade) e permaneceu no cargo até 2020. No último pleito, quando concorreu pelo Podemos, não conseguiu se reeleger e ficou com a vaga de suplente. Na mesma época, enquanto descansava de compromissos eleitorais, o parlamentar foi atingido por um tiro de raspão na cabeça em um bar na Zona Norte do Rio.
Durante as investigações da CPI das Milícias, Zico Bacana chegou a ser ouvido como possível chefe de uma organização criminosa atuante nos bairros de Guadalupe e Ricardo de Albuquerque. Apesar disso, ele nunca foi indiciado. Também prestou depoimento no caso envolvendo a morte da vereadora Marielle Franco, com quem dividia gabinetes no sétimo andar da casa legislativa carioca.
Ao longo da carreira política, ele chegou a ser investigado duas vezes por agressão. Além disso, em 2019, foi instaurado um terceiro procedimento para apurar se o político portava ilegalmente arma de fogo. A acusação, porém, foi extinta após recomendação do Ministério Público.
Origem ligada ao futebol
O apelido de Zico Bacana surgiu devido à sua paixão pelo futebol. Ele foi jogador de futebol de salão e chegou a disputar com a camisa do Madureira. Iniciou sua carreira como mecânico, mas, logo depois, entrou para a PM e virou paraquedista.
Foto destaque: Zico Bacana. Reprodução/Instagram/@zicobacana