Adriane Galisteu reage às críticas ao seu corpo: “Preconceito sempre me acompanhou”
Galisteu fala sobre julgamentos constantes ao corpo, alerta para impacto emocional, defende respeito, autoestima e limites na forma de comentar sobre outros corpos.
A apresentadora Adriane Galisteu comentou recentemente, por meio das redes sociais, sobre a pressão estética e os julgamentos que enfrenta desde o início da carreira. Ela ressaltou os efeitos emocionais que tais críticas podem causar em mulheres de todas as idades, destacando como a cobrança por padrões irreais continua afetando sua trajetória profissional e pessoal.
Nos últimos dias, comentários sobre seu peso voltaram a circular com força nas redes, especialmente após participações em eventos e gravações. Alguns internautas chegaram a especular sobre sua saúde, enquanto outros a criticaram de forma agressiva. Diante da repercussão, Galisteu foi direta ao afirmar que se trata de um preconceito antigo, que ela conhece bem: “Preconceito sempre me acompanhou”, declarou.

Segundo a apresentadora, embora já esteja habituada à exposição e à pressão da opinião pública, ainda considera perturbador ver a naturalização de ataques pessoais como se fossem meras observações. “As pessoas acham que podem falar do corpo do outro como se isso não tivesse impacto. É cruel”, disse.
A cobrança eterna que é pautada na internet
Galisteu relembrou que enfrenta esse tipo de julgamento desde os 18 anos, quando começou a ganhar destaque na televisão. Para ela, os ataques vêm em ondas, independentemente da fase em que esteja. “Já fui criticada por estar mais magra, mais cheinha, por estar grávida… sempre tem alguém dizendo que está errado”, afirmou.
A apresentadora defende que existe uma “cobrança eterna” sobre como mulheres públicas devem se apresentar, e que essa vigilância constante afeta não apenas artistas, mas mulheres comuns que consomem essas críticas e se sentem pressionadas a corresponder a padrões irreais.
Mesmo firme, Galisteu ressalta que não é imune aos comentários. “Sou forte, mas não de ferro. É triste perceber que ainda precisamos explicar que cada corpo tem sua história”, pontuou. Ela diz que pretende continuar falando sobre o assunto justamente para incentivar um debate mais amplo sobre autoestima, saúde mental e respeito.
Impacto emocional e o debate sobre saúde mental
A apresentadora também aproveitou para destacar a importância de discutir os efeitos psicológicos que ataques estéticos podem causar. Segundo ela, as críticas nas redes sociais, embora muitas vezes mascaradas como preocupação, têm potencial de gerar gatilhos, especialmente em pessoas mais jovens.
Galisteu observa que a forma como a sociedade comenta o corpo alheio tem impacto direto na saúde mental. Para ela, é fundamental que figuras públicas se posicionem para ajudar a desconstruir padrões e alertar sobre os perigos de discursos que parecem inofensivos, mas alimentam inseguranças profundas. “Quando alguém comenta algo sobre o meu corpo, não atinge só a mim. Isso reverbera em muita gente que me acompanha e se compara”, declarou.
Ícone de várias gerações, Adriane Galisteu demonstra que, apesar da carreira consolidada, ainda enfrenta desafios que refletem problemas estruturais da sociedade. Seu posicionamento reforça a urgência de discutir a relação do público com a imagem corporal e a necessidade de colocar limites no que se normalizou como opinião, mas que muitas vezes revela preconceito e desrespeito.
