Justiça de São Paulo decidiu nesta quarta-feira (2), bloquear partes dos salários da apresentadora Ana Hickmann, da TV Record. A penhora é em razão de uma alegada dívida de R$ 956 mil com o Banco Original. A instituição financeira afirma que Ana teria deixado de realizar os pagamentos de um empréstimo firmado em setembro de 2023. Defesa de Ana alega fraude na assinatura do contrato.
Segundo os advogados de Ana Hickmann, a assinatura eletrônica utilizada no contrato bancário teria sido forjada. Além disso, há indícios de que o documento contém irregularidades, como a data posterior à assinatura, o que levanta dúvidas sobre sua autenticidade. A defesa também argumenta que a assinatura digital usada pelo banco não segue os padrões homologados pelo ICP Brasil, comprometendo sua validade jurídica
Investigação
O Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) está analisando o caso e já identificou a falsificação de outras 11 assinaturas da apresentadora em documentos particulares. Dois laudos periciais apontam irregularidades que reforçam a suspeita de fraude
A juíza Juliana Koga Guimarães expediu a ordem de penhora, e a emissora Record TV já realizou depósitos judiciais de dois valores referentes aos honorários de Ana Hickmann, somando R$ 579,5 mil. Inicialmente, esses valores seriam destinados a uma empresa ligada a um familiar da apresentadora


Finanças pessoais
Além das questões financeiras, o caso trouxe à tona aspectos da vida pessoal de Ana Hickmann. A apresentadora se separou de Alexandre Bello Correa em dezembro de 2023, após denunciá-lo por violência doméstica. Segundo Ana, o ex-marido era responsável pela administração de suas finanças e teria contraído dívidas em seu nome sem autorização. Correa, por sua vez, nega as acusações e afirma que Ana tinha conhecimento das movimentações financeiras enquanto estavam casados. Ele também rebateu a acusação de violência doméstica, alegando que o episódio foi um “desentendimento isolado” distorcido pela mídia.
A defesa de Ana Hickmann enfatiza que o processo continua em andamento e que não há decisão final da Justiça. A análise pericial continua, e a apresentadora espera que as inconsistências identificadas sejam esclarecidas pelas investigações. O processo judicial está em andamento, sendo contestado, e não há decisão final, além de ter sido determinada a realização de uma perícia sobre as assinaturas eletrônicas que constam no contrato do Banco Original.
Nota da defesa de Ana Hickmann
Foram questionados dois principais pontos: a data de emissão do contrato que é posterior à assinatura eletrônica e o documento não foi assinado por Ana Hickmann. A assinatura eletrônica do Banco não segue o padrão homologado pelo ICP Brasil – órgão que viabiliza a emissão de certificados digitais para identificação virtual do cidadão -, levantando dúvidas sobre sua validade. Alexandre Correa, era responsável pelas finanças da empresa e da conta pessoal de Ana, na época.
O contrato está sendo analisado pelo DEIC. Importante destacar que o departamento já confirmou a falsificação de outras 11 assinaturas em contratos particulares, além da existência de dois laudos judiciais atestando a falsificação das assinaturas da apresentadora.