Assessor defende Hytalo Santos após prisão preventiva por suspeita de crimes

O assessor de Hytalo Santos defendeu o influenciador após ter prisão decretada em São Paulo nesta sexta-feira (15). Hytalo e seu marido, Israel Natã Vicente, são investigados por suspeita de exploração e exposição de menores em conteúdos para redes sociais, além de tráfico humano.

Na porta da delegacia, Derick Spazanelli declarou que o casal é inocente e que as acusações seriam motivadas por inveja. Ele afirmou que os vídeos apagados das redes de Hytalo continham apenas dança e música, sem qualquer ilegalidade. Segundo ele, o funk e o brega funk, presentes em festas de 15 anos, não deveriam ser criminalizados, pois são expressões artísticas.

Familiares negam tentativa de fuga de Hytalo

Josué, primo do influenciador, confirmou que o casal estava em São Paulo durante a operação realizada na Paraíba. Ele negou qualquer tentativa de fuga. Durante a coletiva de imprensa realizada na delegacia, fãs de Hytalo manifestaram apoio e reforçaram a tese de que a investigação tem motivação pessoal contra o influenciador.


Derick Spazanelli, primo e assessor do influenciador Hytalo Santos, o defende para a imprensa (Vídeo: reprodução/X/@balancogeral)

Josué também destacou que Hytalo e Israel são acompanhados pelo Ministério Público da Paraíba há dois anos e que contam com duas bancas de advogados para atuar no caso.

Investigação e repercussão política

O Ministério Público da Paraíba investiga denúncias contra Hytalo desde 2024. Entre os conteúdos analisados, há vídeos em que ele se refere a meninas como “filhas” e meninos como “genros”. O youtuber Felca o acusa de adultização e exploração infantil, o que gerou ampla repercussão nas redes e chegou ao debate político.


Momento em que a polícia decreta a prisão de Hytalo Santos e seu marido (Vídeo: reprodução/X/@brenno_moura)

O presidente da Câmara, Hugo Motta, afirmou que pretende pautar, nos próximos dias, projetos de lei que tratem diretamente da proteção de crianças e adolescentes no ambiente digital, reforçando regras para uso de imagem e responsabilização de quem viola a legislação. A medida, segundo ele, busca acelerar o debate e oferecer respostas concretas à sociedade diante de casos como o do influenciador paraibano. Já o deputado Reimont foi além e solicitou ao Ministério Público a prisão preventiva de Hytalo Santos, argumentando que a continuidade das suas atividades nas redes pode representar riscos à integridade das crianças envolvidas. Ambos destacaram que o episódio expôs fragilidades na aplicação do Estatuto da Criança e do Adolescente e apontaram a necessidade de ampliar mecanismos de fiscalização e punição.