Seis ex-colaboradores da Preserve, marca de lifestyle fundada por Blake Lively, denunciaram à imprensa britânica Daily Mail condições de trabalho desorganizadas e abusivas na empresa, que encerrou atividades em 2015 após apenas um ano de funcionamento. Os relatos incluem jornadas excessivas, falta de mobiliário e salários atrasados, além de críticas à postura da atriz e de seu irmão Eric Lively, então diretor criativo da marca.
Jornadas exaustivas e condições precárias
De acordo com os depoimentos, os funcionários enfrentaram jornadas de trabalho excessivas. Em alguns casos, os colaboradores relataram dificuldades financeiras devido ao não pagamento pontual dos salários, chegando a não conseguir pagar o transporte público para o trabalho.
Além disso, os funcionários reclamaram de condições precárias no ambiente profissional. Funcionários afirmam que, durante semanas, foram obrigados a trabalhar sentados no chão devido à ausência de mobiliário adequado.
“As denúncias que Blake faz hoje sobre ambientes de trabalho são profundamente irônicas, considerando que o da Preserve era um dos mais insanos, tóxicos e desorganizados que se pode imaginar”, declarou um dos entrevistados. A atriz está em processo judicial contra Justin Baldoni por assédio sexual durante as filmagens do filme “É Assim Que Acaba”.
Blake Lively com a mãe, Elaine, e o irmão, Eric, na estreia de seu filme (Foto: reprodução/Jamie McCarthy/Getty Images Embed/)
Liderança contestada e falta de profissionalismo
As críticas à gestão da Preserve também recaíram sobre Eric Lively, irmão de Blake e diretor criativo da empresa. Ele foi descrito como frequentemente ausente, atrasado e sem preparo para o cargo. Há relatos de que ele teria deixado funcionários esperando do lado de fora, no frio.
Um dos ex-funcionários afirmou que ele “era completamente desqualificado para administrar uma empresa”, enquanto outro o comparou a um “ator interpretando o papel de diretor criativo”. A postura de Blake também foi questionada, com um ex-colaborador relatando que ela transmitia a sensação de que “não se importava”.
Acertos financeiros e blindagem da imagem pública
Apesar das alegações, a assessoria de imprensa de Blake Lively, Leslie Sloane, foi mencionada como responsável por manter as questões internas da empresa fora do conhecimento público por anos, abafando as denúncias e protegendo a imagem da atriz.
Ainda de acordo com o Daily Mail, alguns funcionários receberam acordos financeiros de até US$ 300 mil após ameaçarem entrar com ações legais por maus-tratos no ambiente de trabalho.
Em uma entrevista concedida para a Entrepreneur em 2023, Blake lamentou o fechamento da empresa e reconheceu que a Preserve enfrentou diversos desafios e afirmou ter aprendido com os erros cometidos.