Em entrevista para a Marie Claire, a atriz Bruna Linzmeyer falou sobre suas percepções e relação com sua sexualidade, além de contar como foi assumir-se para sua família e o público.
Ela revelou que não se importa de falar sobre o tema. Segundo ela, a sexualidade é muito presente em sua vida e trabalho, e reflete sobre como avançar nas questões e respostas sobre a pauta, pois em uma época de sua vida, as perguntas giravam em torno da parte dolorida do assunto, como o preconceito e os trabalhos que perdeu por ser uma pessoa LGBTQIA+. Em sua opinião, “a sensação de quebrar uma heterossexualidade tão elaborada no mundo é maravilhosa.”
Momento de virada
A atriz de 31 anos ainda revelou que considera ter se assumido lésbica como um momento de virada em sua carreira:
“Foi tão importante ter falado disso quando ninguém ainda o fazia. Eu estava vulnerável e aquilo me aproximou das pessoas, que puderam me enxergar sem barreiras, de uma forma muito bonita.”
Bruna Linzmeyer
Segundo ela, a recepção de sua família com sua sexualidade não foi exatamente fácil, mas que tudo foi se ajustando:
“Lembro do meu pai falar: ‘Não era isso que eu esperava, mas se você está feliz, eu estou feliz’. Meus pais moram em uma cidade pequena e foram entendendo o impacto disso na comunidade. Foram eles que tiveram que segurar a bronca.”
Bruna Linzmeyer
Bruna esteve em Cannes para a estreia do longa “Baby” (Foto: reprodução/Getty Images embed)
Novidades a caminho
Bruna está com muitos projetos sendo lançados nos próximos meses: a série “Máscaras de Oxigênio (não) Cairão Automaticamente”, de Marcelo Gomes para a HBO; o curta-metragem “Se Eu tô por Aqui é por Mistério”, de Clarissa Ribeiro; e os longas “Cidade; Campo”, de Juliana Rojas, e “Baby”, de Marcelo Caetano. Com este último ela participou do Festival de Cannes. O filme fala sobre um jovem recém-libertado de um centro de detenção para adolescentes, que se vê perdido nas ruas de São Paulo.