Com estreia marcada para sexta-feira (17) a peça “Todo Chapéu Me Lembra Você”, conta com Carmo Dalla Vecchia para abordar o tema das lutas enfrentadas pela comunidade LGBTQIAP+. O ator e influenciador compartilhou em entrevista para o podcast Gay Blog Br detalhes sobre o espetáculo e contou um pouco da sua experiência com a paternidade gay.
O espetáculo conta a história de Thomaz, um rapaz que precisou retornar à vila que viveu durante a juventude para ajudar seu avô com problemas de saúde. Além de enfrentar lembranças conturbadas do seu relacionamento familiar, o personagem conhece Otto, um homem com quem compartilha questões e dores em comum. Carmo foi convidado para dar vida a Otto, e seu papel importante vai muito além da obra, o ator é um forte representante da comunidade LGBTQIAP+ nas mídias.
Entrevista completa no Youtube(Reprodução/Youtube/GAY BLOG BR by SCRUFF)
Representatividade nas mídias
Ao ser questionado sobre o tabu envolvendo o beijo gay, o ator dispara: “As pessoas talvez fiquem com medo de perder algum benefício ou talvez por um próprio preconceito pessoal ou religioso que as envolvem”. Carmo comenta que muitos dos personagens gays retratados em grandes mídias estão lá para arrancar risadas e não são bem recebidos em cenas românticas e afetivas. “Acho também que entre as mulheres têm uma aceitação maior porque é fantasia do homem ver duas mulheres juntas se beijando”, conclui.
O influencer compartilhou que se sente triste ao perceber que não existem tantos personagens como ele na dramaturgia. Casado com João Emanuel Carneiro desde 2006 e pai do Pedro, de 4 anos, Carmo compartilha nas mídias sociais conteúdo relacionado às suas vivências e luta em prol de diminuir o preconceito. “Eu quero te agradecer porque meu pai e minha mãe só me aceitaram por sua causa” o ator relata sobre comentários de seguidores.
Pai exemplar
Colunista na revista Crescer, Carmo escreve sobre desenvolvimento infantil e considera esse um dos trabalhos mais importantes da sua vida. Com 80% do seu público no Instagram sendo composto por mulheres, ele conclui: “Talvez essa admiração que venha das mulheres, talvez esse fascínio com o viado seja porque o viado tem a sensibilidade mínima que talvez elas desejassem que o marido tivesse.”
