Filha de alfaiate e dona de casa, Glória Maria se tornou referência no jornalismo brasileiro. Servindo como inspiração para centenas de profissionais, a jornalista abriu portas para mulheres negras e inovou a TV brasileira. Iniciando sua carreira como rádio-escuta na Globo Rio em 1970, rapidamente ganhou notoriedade ao cobrir o desabamento do Elevado Paulo de Frontin, no Rio de Janeiro, em 1971.
<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”pt” dir=”ltr”>Glória Maria, a primeira repórter negra da história do Brasil.<br><br>Seu legado será eterno <a href=”https://t.co/kc7H37hGzj”>pic.twitter.com/kc7H37hGzj</a></p>— Tracklist (@tracklist) <a href=”https://twitter.com/tracklist/status/1621120960329048064?ref_src=twsrc%5Etfw”>February 2, 2023</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>
Glória Maria e seus momentos históricos na TV brasileira – Reprodução/Twitter.
Da era da TV em preto e branco, Glória desconstruiu o antigo formato televisivo por meio da agilidade em apurar e cobrir os acontecimentos. Em entrevista ao “Memória Globo”, a jornalista relembrou a apuração da cobertura que elevou seu nome como uma das principais jornalistas do Brasil: “A gente estava saindo para almoçar, aí toca o telefone: “Olha, caiu o Elevado da Paulo de Frontin”, E aí, vamos fazer como para apurar se é verdade ou não? Aí a gente foi no catálogo, olha que loucura, na lista telefônica, para ver os moradores ali. E o primeiro morador logo disse: ‘É, é verdade”.
Na principal emissora do país, Glória marcou seu nome passando pelo “Jornal Hoje”, “Bom dia Rio”, “RJTV”, chegando até o “Jornal Nacional” fazendo história comandando a primeira matéria ao vivo com cores da Rede Globo, em 1977. Na cobertura, a pioneira da cobertura colorida se preparava para mostrar o movimento de carros na Avenida Brasil, no Rio de Janeiro. Segundo relatos, faltando apenas um minuto para a entrada ao vivo, o equipamento de luz queimou, fazendo Glória Maria se apresentar de joelhos na altura dos faróis do carro de reportagem, que iluminaram a jornalista.
Glória relatava sobre temas tabus. Apresentando o mundo para o público brasileiro, a jornalista visitou mais de 120 países, se tornou a jornalista mais autêntica, transformando o jornalismo brasileiro com um jeito Glória de exercer a profissão. Como repórter do programa “Fantástico”, Glória Maria cobriu diversos momentos históricos.
Cobrindo as Olimpíadas de 1984, em Los Angeles, Glória Maria marcou seu nome no jornalismo esportivo. Ganhando muito destaque no ramo, a jornalista conseguiu entrevistar o atleta Carl Lewis, então campeão mundial dos 100 metros rasos.
Entrevistando grandes nomes internacionais, a jornalista conversou com Freddie Mercury, Mick Jagger, Elton John, Nicole Kidman, Madonna e a marcante entrevista com Michael Jackson.
<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”pt” dir=”ltr”>Vamos relembrar a eterna Glória Maria relatando a maior experiência profissional de sua carreira: ser escolhida por Michael Jackson para ser a única repórter a entrevista-lo em sua passagem pelo Brasil. <a href=”https://t.co/x8OIzrFz9e”>pic.twitter.com/x8OIzrFz9e</a></p>— BCharts (@bchartsnet) <a href=”https://twitter.com/bchartsnet/status/1621133396377493507?ref_src=twsrc%5Etfw”>February 2, 2023</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>
Glória Maria relembra entrevista com Michael Jackson – Reprodução/Twitter.
Na ocasião com Michael Jackson, o “rei do pop” se encontrava no Brasil para a gravação do clipe de “They Don’t Care About Us”, no Rio de Janeiro e em Salvador. Sem conceder entrevista a nenhum jornal, o maior nome da música pop abriu uma exceção para Glória Maria, que teve uma breve conversa com o artista.
Foto destaque: Glória Maria – Reprodução/Instagram.