O jogador brasileiro Daniel Alves, 39, tem vívido dias conturbados desde que o ano começou. Conhecido pela habilidade com a bola e inúmeros títulos na carreira. O lateral direito da Seleção Brasileira na última Copa do Mundo no Catar, é acusado por estupro e agressão sexual de uma jovem mulher, de 23 anos, na Espanha, onde no momento está preso.
Segundo o canal espanhol Antena 3, Daniel em seu primeiro depoimento alegou: “não conheço essa mulher”, para depois: “houve toque”, na segunda; “houve sexo oral”, na terceira; e agora reconheceu que teve uma relação sexual com “penetração vaginal” com a suposta vítima.
Algumas fontes divergem, como o jornal colombiano El Tiempo, que disse nesta quarta-feira (8), ser a terceira mudança em suas versões sobre o ocorrido. De qualquer maneira, é a primeira vez que o jogador admite o ato de “penetração vaginal”, antes negado em seus depoimentos à polícia.
As mudanças constantes nas alegações do acusado incentivam a mídia, o público e as autoridades a desconfiarem de sua palavra, acarretando consequentemente a favor do lado da acusação da vítima. Agora a investigação concentra-se em determinar se a relação, já confessada por Daniel, foi consensual ou não, como a mulher alega.
O crime teria acontecido na madrugada do dia 30 para o dia 31 de dezembro do ano passado em uma boate noturna em Barcelona. Nesta cidade, o jogador morou por muitos anos pois atuava no clube de mesmo nome, entre 2008 e 2016 e uma última passagem na temporada 2021/2022. Pertencendo ao clube Pumas, do México desde o ano passado, o lateral teve o contrato reincidido no momento de eu imbróglio atual com a justiça.
Daniel Alves consolando Neymar após derrota na última Copa do Mundo. (Foto: Reprodução/UOL)
Daniel Alves foi detido ao desembarcar para depoimento no país em 20 de janeiro, sendo preso logo em seguida no local de desembarque. A prisão preventiva foi decretada por risco da fuga do atleta, considerando seu poder aquisitivo.
Um relatório feito pelo Hospital Clínico de Barcelona e divulgado pelo portal Informal, já tinha comprovado a existência de penetração vaginal no caso.
“O relatório de lesões elaborado pelo Hospital Clínico de Barcelona, especializado em agressões sexuais, verifica a penetração vaginal e certifica a existência de hematomas, arranhões e mordidas no corpo da jovem, somados ao estado de nervosismo e ansiedade que ela apresentava após seu encontro com Alves”, disse o jornal.
A defesa do jogador apresentou hoje ao tribunal espanhol o pedido de soltura para Daniel aguardar o julgamento do caso em liberdade, na sua casa em Barcelona. Seu advogado, Cristóbal Martell, embasa o recurso e liberdade provisória com as seguranças postas do atleta entregar seu passaporte, assim impossibilitando sua fuga do país, e até mesmo o uso de tornozeleira eletrônica para assegurar sua localização.
Foto Destaque: Nova mudança no relato de Daniel Alves pode agravar sua situação. Reprodução/Metrópoles
