O cantor Alexandre Pires, através de seu advogado, se manifestou pela primeira vez nesta terça-feira (5) em relação às acusações de envolvimento em um esquema ilícito de exploração de minérios em terras Yanomami. Pires declarou sua inocência e refutou as alegações contra si, afirmando que são infundadas. Em um comunicado enviado ao portal Quem, o advogado criminalista Luiz Flávio Borges D’Urso ressaltou que o artista nunca teve qualquer ligação com garimpo ou extração de minérios, muito menos em áreas indígenas.
Comunicado divulgado pela defesa do cantor
“Destacamos que o referido cantor e compositor é uma das mais importantes referências da música brasileira, sendo possuidor de uma longa e impecável carreira artística. Alexandre Pires foi tomado de surpresa diante da recente operação da Polícia Federal que indevidamente envolveu seu nome”, disse o advogado. “Por fim, salientamos que o cantor e compositor Alexandre Pires jamais cometeu qualquer ilícito, o que será devidamente demonstrado no decorrer das investigações, reiterando sua confiança na Justiça brasileira”, concluiu o comunicado.
Alexandre Pires está sendo envolvido na operação Disco de Ouro que começou na segunda-feira (4), quando a Polícia Federal realizou buscas no navio onde ele estava se apresentando em uma série de shows, na cidade de Santos, litoral de São Paulo. O empresário do cantor, Matheus Possebon, foi preso imediatamente após deixar o navio.
Comunicado enviado ao portal Quem (Foto: reprodução/Quem)
Entenda o caso de Alexandre Pires
Desde 2019, a Fundação Nacional do Índio (Funai) tem desenvolvido ações de fiscalização com o objetivo de combater a extração ilegal de pedras preciosas nas terras indígenas, especialmente entre o povo Yanomami. Durante a investigação desta atividade ilícita, identificou-se que Alexandre teria recebido um total de R$ 1,3 milhão, sendo R$ 357 mil depositados em uma conta pessoa física e outros R$ 1 milhão em uma conta jurídica.
A Polícia Federal suspeita que esteja em curso um esquema de lavagem de dinheiro, o que motivou a investigação tanto do cantor quanto de seu empresário. A operação, denominada “Disco de Ouro”, foi realizada com base em mandados expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Roraima. A rede de envolvimento também inclui pilotos de aeronaves, postos de combustíveis e lojas de máquinas.
Foto Destaque: apresentação do cantor em Pernambucano (Reprodução/leolimaphotographer/Instagram/alexandrepires)