O humorista Evandro Santo, de 46 anos, que ficou famoso participando do Pânico na TV com o seu personagem Christian Pior, está internado pela quinta vez numa clínica de reabilitação para tratar o seu vício em drogas ilícitas. Na sua entrevista ao portal iG, ele relembrou momentos difíceis, mas também mostrou que dessa vez sente que está realmente assimilando o tratamento e quer se recuperar.
O ator compartilhou a notícia com os seus seguidores do instagram através de um vídeo e contou que diferente das suas outras quatro internações, dessa vez ele tinha escolhido o tratamento voluntariamente.
Um dos seus piores momentos em 2012 foi quando começou a ter um AVC enquanto entrevistava o Faustão, presente no casamento de Emerson Fittipaldi. “Tive três princípios de overdose. No casamento do Fittipaldi, eu começo a ter um AVC na frente do Faustão e o ‘Pânico’ não excluiu essa cena. Pensei que ia demorar para alguém chegar no casamento, fui no banheiro cheirar e o primeiro convidado era o Faustão. Comecei a enrolar a língua na frente dele”, conta.
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Humorista relembrou momentos difíceis em entrevista ao iG (Foto: Pedro Garcia. Reprodução/iG)
A trajetória
A primeira vez que usou uma droga ilícita foi em 1999 em uma rave, onde experimentou ecstasy. Nessa época ele se controlava e fazia uso da droga só uma vez por ano.
Segundo ele, começou a usar drogas porque queria se encaixar em um grupo de amigos e andar com as pessoas que considerava “as mais legais da boate”. Mas em 2003 ele passou a consumir com um intervalo menor de tempo, como a cada 15 dias.
E foi em 2007, enquanto sua mãe estava enfrentando um câncer, tinha passado pela morte de um amigo e um término de relacionamento que ele aumentou o uso da droga, que não era mais ecstasy e sim ketamina, droga usada como anestésico em cavalos que tem efeito relaxante. Ele também chegou a utilizar cocaína para estimular o corpo e tomar 30 gotas de Rivotril para conseguir dormir.
Depois de quatro internações sem sucesso, o ator chegou a tentar suicídio após participar de A Fazenda, onde tinha passado quase três meses limpo. “Me cortei e, quando vi que não estava dando nada, tomei uns 20 comprimidos, mas acordei intacto. Foi quando eu entendi que não era hora de ir”, recorda.
Já em 2020, a pandemia da Covid-19 contribuiu para um estado ansioso e com isso, junto ao uso da ketamina, ele entrou em depressão novamente.
Agora, Evandro vive uma rotina benéfica, com horários para as refeições, aulas, atividades e tempo livre. Agora com acesso à internet por uma hora por dia, ele interage com seus seguidores e fala sobre a importância da saúde mental e informa sobre adicção.
(Foto destaque: Pedro Garcia. Reprodução/iG).