Famosos criticam pagamento para ter selo de verificação no Twitter

Stefani Couto Por Stefani Couto
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A partir deste sábado (01), todos os usuários do Twitter que possuem o selo de verificação precisarão desembolsar US$ 8 dólares por mês (cerca de R$ 40) na assinatura da ferramenta Twitter Blue para poder continuar com a conta verificada. Diversos famosos se revoltaram e reclamaram da decisão de Elon Musk, dono da rede social.

Desde que comprou as ações do Twitter, Elon Musk realizou várias mudanças na plataforma, incluindo o tão sonhado selo de verificação que garante uma maior segurança para fãs que gostam de acompanhar suas celebridades preferidas através das redes sociais.

Em março, ele havia anunciado que o selo iria desaparecer das contas de pessoas físicas que já eram verificadas e que um valor deveria ser pago para continuar usufruindo da ferramenta. Após reclamações, o CEO postou que todas as pessoas, incluindo os famosos, devem receber tratamentos iguais e afirmou que as redes sociais nem deveriam possuir o selo.

O astro da NBA, LeBron James, comentou que não pagará para continuar com a sua conta verificada. “Então, acho que meu selo azul logo vai embora, porque se você me conhece, sabe que eu não vou pagar os US$ 5“, comentou o jogador dos Lakers.


LeBron James astro da NBA. Reprodução/Maddie Meyer/Getty Images Sport


Jason Alexander, conhecido por seu papel como George Costanza no seriado Seinfeld, prometeu abandonar a plataforma alegando que qualquer um poderia fingir e se passar por ele.

Sem ele (selo de verificação), qualquer um pode alegar ser eu. Então, se eu perder esse selo, saiba que eu deixarei essa plataforma. Qualquer pessoa que aparecer com ele = um impostor. Eu digo isso enquanto ainda sou oficial“, disse o ator em sua conta.

Felipe Neto, que possui mais de 16 milhões de seguidores apenas no Twitter, postou que não concorda como o Twitter vem sendo gerenciado, de acordo com ele, a plataforma tem grandes problemas com a falta de combate à desinformação e discurso de ódio.

“Não concordo com a forma como o Twitter vem sendo gerido, com o abandono de políticas de combate à desinformação e ao discurso de ódio e como a plataforma decidiu cobrar por coisas que sempre foram gratuitas. Não há prós no Twitter Blue se a plataforma continuar utilizando a coleta de dados individuais para venda de publicidade. Se o pacote fosse vendido sob a promessa de encerrar a coleta de dados e mapeamento, subvertendo totalmente o modelo de negócios da rede, este sim seria um pró substancial, mas não é o caso”, comentou o influenciador.

Antes de Elon Musk comprar as ações do Twitter, o selo de verificação era oferecido gratuitamente para “contas ativas, notáveis e autênticas de interesse público” que ajudavam a evitar a disseminação de fake news utilizando foto e nome de pessoas públicas.

No Brasil, a nova ferramenta “Twitter Blue”, tem o valor de R$ 42 por mês para quem utiliza o Twitter na versão web, já para Android e iPhone, o serviço é um pouco mais caro, custando R$ 60 mensais, lembrando que esses valores são para pessoas físicas.


Valores do serviço Twitter Blue no Brasil. Reprodução/Twitter


As mudanças não param por aí, a partir de 15 de abril, apenas assinantes poderão votar nas enquetes feitas na plataforma e ter seus tweets recomendados na “for you”.

Foto Destaque: Elon Musk, CEO do Twitter. Reprodução/Muhammed Selim Korkutata/Anadolu Agency

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