Na última sexta-feira (27) a cantora e campeã do BBB21, Juliette, falou através do Twitter sobre o lançamento da série documental do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul e revelou uma fobia.
Juliette fala sobre fobia de lugares fechados e sobre a tragédia da Boate Kiss. Foto: Reprodução/Twitter/@juliette
“Eu não tenho coragem de assistir ao documentário da Kiss. Sempre tive fobia de lugares fechados, mas depois da tragédia… só de pensar, me falta ar. Já entro nos lugares procurando a saída de emergência. Foi uma das coisas mais tristes que já vi”, disse a ex-bbb21.
Na última-sexta (27) a tragédia na boate Kiss completou 10 anos, com 242 vítimas jovens e deixou mais de 600 feridos. A Netflix lançou recentemente, uma série documental “Todo dia a mesma noite”, uma adaptação do livro homônimo de Daniel Arbex, jornalista que trouxe o luto dos familiares em suas páginas.
O objetivo da minissérie é passar a mensagem que tragédias como essa não podem ser esquecidas e lutar para que algo parecido não volte a acontecer. De certa forma, o documentário também mostra um cenário desesperançoso sobre a justiça brasileira, dez anos se passaram e ninguém foi condenado.
No dia 27 de janeiro de 2013, durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, um artefato pirotécnico foi lançado de cima do palco, incendiando o teto da boate, que era composto de espuma. A casa noturna possuía somente uma saída de emergência, a maioria das vítimas tinham entre 18 e 25 anos, as mortes foram causadas por queimaduras, pisoamento ou asfixia.
Durante a investigação foram apurados que quatro elementos foram decisivos para a tragédia: superlotação (no espaço havia em média 900 pessoas e a capacidade do salão era de 600); uso de uma espuma inflamável como isolamento de som; o lançamento do sinalizador no local fechado; e o descumprimento de protocolos de emergência, o alvará estava vencido e os extintores, danificados. O desespero e falta de saídas fez com que pessoas morressem pisoteadas ao tentar sair da boate.
Julgamento
Em dezembro de 2021, os sócios da boate, Elissandro Spohr e Mauro Hoffman, além de dois integrantes da banda, Marcelo de Jesus e Luciano Bonilha foram condenados. Porém, o júri foi anulado em agosto de 2022 pela 1° Câmara Criminal do Tribunal do Rio Grande do Sul (TJ-RS), que atendeu parte dos recursos das defesas, não há data para um novo julgamento.