Maitê Proença conta como foi ter infância sem os pais

A atriz e escritora Maitê Proença, de 65 anos, contou em entrevista com Carolina Ferraz, que foi ao ar neste domingo (01) no programa Domingo Espetacular, da emissora de televisão Record, como foi sua infância após a morte da mãe e o distanciamento do pai.

Segundo Proença foi um momento complicado, ela tinha apenas 12 anos quando foi morar em um pensionato de luteranos, no estado de Minnesota, ao norte dos Estados Unidos, depois de sua mãe ter sido assassinada. Margot Proença Gallo, mãe da atriz, foi atacada pelo marido e pai de Maitê Proença, Augusto Carlos, que a esfaqueou até a morte.

Diante deste cenário, Proença relembra que se tornou uma criança difícil e brava, mas agradece e conta que foi muito bem acolhida pelo casal do pensionato.

Anos depois, a atriz reencontrou o casal, Proença relembra que o encontro foi um momento de muito choro e que conseguiu agradecer pelo cuidado que recebeu na época, “falei para eles sobre como tinham me salvado. Eu não tinha pai, não tinha mãe, não tinha casa, nem para onde ir, nada. Aquelas pessoas, de puro amor, acolheram a gente e deram o que precisávamos, uma família”.

_{Maitê Proença conta sobre sua infância (Vídeo: reprodução/Yotube/@RecordTVEuropa)}

Relacionamento abusivo

De acordo com Maitê Proença, ao longo de sua vida também houve um momento que se viu diante da mesma vivência da mãe, em um relacionamento abusivo. A atriz contou que, durante um relacionamento, temia ser morta, assim como sua mãe.

Maitê Proença conta que viveu momentos de terror, em alguns ele ficava transtornado, e foi em um desses episódios que o homem tentou levar a atriz e sua filha para viajar de carro, durante uma chuva de granizo. “Eu [estava] morrendo de medo que ele fosse me matar”, contou Proença, naquele momento ele teve medo que a história se repetisse, como ocorreu com a mãe dela.

“O pior de mim”, a peça teatral de sua vida

A história escrita por Maitê Proença no livro “O pior de mim”, virou uma peça de teatro, de mesmo nome, escrita e com atuação de Proença e dirigida por Rodrigo Portella, a peça ficou famosa em 2020, com apresentações digitais. “O pior de mim” chega aos palcos do Teatro Feevale no dia 11 de outubro, às 21h, em apresentação única.

A obra conta os casos vivenciados por Maitê Proença, ao longo dos 60 anos de vida, através de uma interlocução direta com a plateia, a atriz aborda variados assuntos, como machismo, dificuldades na vida da mulher, dentre outros.