Wander Oliveira, empresário de Marília Mendonça, relata em entrevista para a revista Piauí, que no dia 04 de novembro de 2021, véspera do acidente que envolveu a cantora, ela tinha decidido comprar seu próprio jatinho. A rainha da sofrência não queria mais viajar de bimotor por uma questão de segurança e conforto: “Wandão, tá decidido, pode procurar um jato para nós! Não quero mais ficar viajando aí em avião bimotor”, avisou Marília em uma reunião com o empresário, em Goiânia (GO).
Marília Mendonça ( Foto: Reprodução/ Instagram )
Segundo a matéria, eles combinaram então de procurar um modelo Phenom 300, fabricado pela Embraer, ou um Citation cj4, da Cessna, ambos com autonomia de voo de até 3,6 mil km. A decisão de evitar os bimotores era porque a cantora, além de achar que bimotores eram desconfortáveis, preferia ter a segurança de viajar num avião próprio, com boa manutenção.
Dois meses antes, Marília se recusou a viajar no bimotor King Air, onde o proprietário do avião era seu próprio empresário, para ir a um compromisso de trabalho no Rio, optando por um jato de uma empresa de táxi-aéreo.
Momentos após o acidente em Piedade de Caratinga ( Foto: Reprodução / Metropoles )
No dia 05 de novembro, dia do acidente, Marília inevitavelmente embarca em uma aeronave bimotor, um King Air c90 por conta do comprimento da pista de pouso de Piedade de Caratinga, que só pode receber bimotores. O aeroporto mais perto com capacidade para jatos ficava a mais de 100 quilômetros, em Governador Valadores. O acidente fatal aconteceu em Caratinga, cidade onde a artista se apresentaria no dia em que morreu. O mesmo avião havia sido da dupla Henrique e Juliano antes de ser vendido para a empresa de taxí aéreo.
Segundo o empresário Wander, Marília faturava entre R$ 10 milhões e R$ 12 milhões por mês, entre shows, contratos de publicade e o que recebia de plataformas digitais. A cantora, que deixou um filho pequeno, Leo, hoje com 2 anos, de seu relacionamento com Murilo Huf, e dezenas de músicas inéditas, também tinha fechado contrato com a Netflix, pouco antes do acidente, fazendo assim um acordo para uma série sobre sua vida e obra – o projeto será mantido e poderá ter dez episódios. “Ela adorava ver Netflix com as amigas”, diz Wander, que pretende lançar ainda o Prêmio Marília Mendonça.
Outras vítimas fatais do acidente: Abicieli Silveira Dias Filho, tio e assessor da cantora; Henrique Ribeiro, produto geral; Geraldo Martins de Medeiros Júnior, piloto; e Tarciso Pessoa Viana, copiloto
(Foto: Reprodução/ Yahoo)
Além da cantora, morreram no acidente seu produtor Henrique Bahia; seu tio e assessor Abicieli Silveira Dias Filho; o piloto Geraldo Medeiros e o copiloto Tarcísio Viana.
Foto destaque: Reprodução/Instagram