Nesta última quinta-feira (12), o Príncipe William e Kate Middleton fizeram a primeira aparição pública desde as polêmicas envolvendo a autobiografia do Príncipe Harry. O livro intitulado “Spare” foi lançado no dia 10 de janeiro e contém memórias do príncipe mais novo, brigas entre Harry e William, relatos sobre o desejo de investigar a morte de Diana e o impacto do falecimento da mãe.
O casal real visitou o Royal Liverpool University Hospital nesta quinta-feira (12) e acenaram para o público que os acompanhava durante a visita. Em meio à multidão que registrava a passagem dos símbolos da realeza, um fotógrafo se aproximou e questionou sobre os recentes boatos. Ao ser indagado se havia ficado magoado com os comentários escritos no livro de Harry, o príncipe William ignorou a pergunta e não o respondeu.
Até o momento, nenhum membro da família real se pronunciou sobre o conteúdo divulgado por Harry na autobiografia.
Capa da autobiografia do príncipe Harry, intitulada “Spare”. (Foto: Reprodução/Divulgação)
Em “Spare”, o caçula do Rei Charles III descreve a turbulenta relação com William. Segundo a obra, em 2019, Harry teria se envolvido em uma briga com o irmão. O conflito se criou a partir da forma na qual William se referiu a Meghan Markle, como “rude, briguenta e difícil”.
“Ele abaixou o copo d’água, me xingou de outro nome e veio até mim. Tudo aconteceu tão rápido. Muito rápido. Ele me agarrou pelo colarinho, rasgou meu colar e me jogou no chão. Caí na tigela do cachorro, que rachou nas minhas costas, os pedaços me cortando. Fiquei ali por um momento, atordoado, depois me levantei e disse a ele para sair”, escreveu o príncipe Harry.
Príncipes William e Harry lado a lado. (Foto: Chris Jackson – WPA Pool/Getty Images)
Após o acontecido, Harry também escreve que o irmão havia pedido que o mesmo não compartilhasse sobre a briga dos dois com Meghan, mas relata que, mesmo sem a informação, a parceira teria percebido arranhões e hematomas nas costas do marido.
O príncipe caçula também conta sobre as dificuldades posteriores à morte da mãe, o trauma que surgiu durante seu desenvolvimento e a vontade de descobrir mais sobre o acidente de carro da Princesa Diana.
Princesa Diana e o carro após o acidente. (Foto: Reprodução/Discovery)
Harry conta que ele e o irmão desejavam abrir investigações para descobrir mais sobre o acidente de carro de 31 de agosto de 1997, responsável por tirar a vida da Princesa de Gales. Escreve que refez o trajeto percorrido pelo carro de Diana durante o acidente e percebeu que o túnel era curto e simples, portanto, a conclusão de que um motorista bêbado havia sido a única causa do desastre é “simplista” e “absurda”. O príncipe afirma que queria emitir um comunicado junto ao irmão que pedia a reabertura da investigação, mas confessa que as pessoas que tinham o poder de decisão os dissuadiram.
Harry também compartilha memórias íntimas na autobiografia, como a perda da virgindade ou o relacionamento com as drogas quando ainda era jovem. Além disso, também conta sobre o serviço militar durante a guerra no Afeganistão, nos anos 2000, e afirma ter matado 25 soldados do Talibã.
Foto destaque: Príncipe William e Kate Middleton. Reprodução/Getty Images