Rafa Brites fala sobre temas ainda estigmatizados no universo feminino

Heloisa Santos Por Heloisa Santos
10 min de leitura

“Durante a nossa vida a menstruação vai fazer parte de várias fases da nossa jornada e os escapes de xixi que são comuns, mas não são normais, podem também ocorrer em algum momento. A gente tem que buscar mais informações, produtos adequados, procurar orientação de profissionais da área de saúde, ter um diagnóstico correto porque a incontinência urinária precisa ser tratada e vista como uma questão de saúde. Por isso é muito importante buscar ajuda médica e do acompanhamento de um especialista”, destaca Rafa.

A fala da apresentadora reforça uma realidade comum a 80% das brasileiras que nunca conversaram sobre incontinência urinária com seus médicos, segundo dados da pesquisa Menstruação e Escapes de xixi: investigando estigmas sobre os temas.

O estudo, realizado por Intimus® em parceria com a Grimpa — consultoria de pesquisa de mercado e consumo — entrevistou durante o mês de outubro de 2022, 1.210 mulheres, de 18 a 45 anos, das classes sociais A, B e C e de todas as regiões do Brasil, para entender melhor sobre atitudes, dificuldades e estigmas que envolvem menstruação e escapes de xixi.

Para a ginecologista Rebeca Gerhardt, a condição ainda é tratada como uma doença de pessoas de idade mais avançada, o que não é verdade. “A incontinência urinária pode acontecer em qualquer momento da vida da mulher por diversos fatores, como genética, sobrepeso, durante a gestação ou no pós-parto, ou até mesmo durante a prática de esportes de alto impacto. O importante é que ao primeiro sinal de escape, a pessoa procure a ajuda de um especialista para o diagnóstico e tratamento adequado”, reforça.

A pesquisa Menstruação e Escapes de xixi: investigando estigmas sobre os temas, revelou ainda que 39% das brasileiras consideram os temas da menstruação e escapes de xixi estigmatizados e acabam não buscando ajuda por vergonha e insegurança. Nesse cenário, ao longo de todo o estudo, palavras como “autoaceitação”, “autoconhecimento”, “normalização da fisiologia feminina”, “inclusão”, “prevenção”, “confiança” e “empatia” aparecem bastante nas falas das entrevistas.

“Todos esses dados reforçam a importância de falar mais sobre o tema, ter mais debate, ter roda de conversa para que as mulheres conheçam seus próprios corpos, busquem por informações e soluções para o bem-estar, sem ter vergonha, sem desconforto e principalmente sem desinformação que isso é a pior coisa”, pontua Rafa Brites.


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As mulheres não buscam ajuda ou informações sobre os escapes de xixi

A pesquisa enfatiza que apenas 36% das mulheres entrevistadas já buscaram informações sobre escapes de xixi e 28% desconhecem qualquer tipo de prevenção. E, sobre conhecimento em relação ao tema 85% das brasileiras entrevistadas conhecem e entendem sobre o tema dos escapes de xixi, mas, ainda assim, não buscam ajuda nem falam a respeito — mesmo entre amigas — por medo ou vergonha — mostrando quanto o assunto, de fato, é estigmatizado.

“Conversar com o médico é a primeira coisa a se fazer, pois o especialista é a pessoa mais indicada para investigar as causas, trabalhar no melhor tratamento explicar sobre a condição. É por isso que falar sobre o tema é importante. Assim, as mulheres vão se sentir cada vez mais à vontade para lidar com os escapes de xixi, e essa troca com outras mulheres que passaram ou passam pela condição também é importante”, afirma a ginecologista Rebeca Gerhardt.

Ainda assim, quando o tema surge durante as consultas, 61% das mulheres tiveram a iniciativa de perguntar a respeito, enquanto 39% só comentaram quando foram questionadas. E muitas mulheres ainda atribuem as situações de escape a fatores pontuais, como infecção urinária e movimentos involuntários (tosse, espirro e gargalhada).

Quando questionadas sobre menstruação, a maioria das entrevistadas costuma tirar dúvidas referentes à menstruação com o ginecologista (64%). Elas também consultam sites, blogs e fóruns (52%) e outras mulheres (47%).

“Tem assuntos que a gente não fala, que não dividimos com as pessoas e sofremos caladas, como escapes de xixi, menstruação, ressecamento, candidíase, hemorroida… São situações comuns, mas não são normais! Precisamos ter mais informações e procurarmos um especialista no assunto. A incontinência urinária deve ser tratada como um problema da saúde da mulher”, destaca Rafa Brites.

Sentimentos associados pelas mulheres à menstruação e aos escapes de xixi

instabilidade de humor é mais associada com menstruação por 38% das respondentes. Já os escapes de xixi são mais relacionados à fragilidade do corpo feminino por 32% das respondentes, bem como algo vergonhoso. O fator comum aqui é o sofrimento, que está no mesmo patamar para os dois temas.

Algo que deve ser “escondido” ou que “não deve ser nomeado” é pouco associado com ambos os temas — apenas 3% das respondentes. Porém, a menstruação, apesar de normal, é ligeiramente mais associada com sujeira/nojo (11%).

“Os dados reforçam a importância de debate sobre o ciclo menstrual e os escapes de xixi, para que as mulheres conheçam seus próprios corpos e, sobretudo, busquem por seu bem-estar e saúde, sem estigmas e desinformação”, destaca Marisa Cury Cazassa, gerente executiva de marketing da Kimberly-Clark no Brasil.

Foto Destaques: Reprodução

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