Rita Lee faleceu aos 75 anos, vítima de câncer no pulmão, que havia sido diagnosticado em 2021. A cantora relutava em fazer radioterapia e quimioterapia por ter presenciado o sofrimento de sua mãe, Romilda Jones, com a mesma doença. Em seu último livro “Rita Lee: Outra Biografia”, ela deixou registrado seu desejo em optar pela eutanásia, conforme trecho descrito em sua obra:
“Disse a ele (médico) que minha vida tinha sido maravilhosa e que, por mim, tomava o ‘chazinho da meia-noite’ para ir desta para melhor. Que me deixassem fazer uma passagem digna, sem dor, rápida e consciente. Queria estar atenta para logo recomeçar meu caminho em outra dimensão. Sou totalmente favorável à eutanásia. Morrer com dignidade é preciso”.
Rita Lee (Foto Reprodução/Instagram
A eutanásia é um assunto delicado, mas vale lembrar que o “Código Penal Brasileiro Brasileiro não permite a prática da eutanásia, aplicando o artigo 121, § 1o, tipificando-a como homicídio piedoso.”
Foi o amor pelos filhos (Antônio Lee, Beto Lee, João Lee) e pelo marido Roberto de Carvalho que fez a Rainha do rock mudar de ideia e aceitar o pedido deles para iniciar o tratamento contra o câncer.
Roberto de Carvalho, (marido de Rita Lee) e os filhos do casal: Antônio Lee, Beto Lee e João Lee. (Foto Reprodução/Instagram)
A ilustre roqueira havia escrito “Uma Biografia” em 2016, um livro de memórias sobre a figura Rita dos palcos. No livro, a Rainha do Rock foi fiel ao que ela era, e deu um presente incrível para seus fãs escolhendo as fotos, as legendas, enfim, uma obra única com sua própria identidade. Em “Rita Lee: Outra Biografia”, ela quis transmitir aos fãs tudo o que viveu durante os procedimentos contra o câncer e sobre a sua relação com a morte. Um conteúdo intenso revelando a fortaleza como a cantora era brilhante.
Rita Lee viverá para sempre na memória dos fãs e no legado que deixou para a posteridade. Ela viveu intensamente. Suas músicas e suas obras têm valores inestimáveis.
Foto em Destaque – Rita Lee Reprodução Instagram