Nesta quinta-feira (22), foi publicada a decisão da justiça espanhola sobre a acusação de estupro por parte de Daniel Alves. O ex-atleta foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão em regime fechado. A redução de pena se deu graças aos 150 mil euros (cerca de 900 mil reais), pagos à justiça. O montante foi cedido, em parte, por Neymar e sua família.
A acusação pediu pena de 12 anos de reclusão, enquanto o Ministério Público espanhol pediu nove anos. Por conta do valor pago, o “atenuante de reparação de dano causado”, a pena requerida pelo Ministério Público foi reduzida pela metade. O dinheiro será destinado à vítima. Além do valor concedido, Neymar também ofereceu os serviços do advogado Gustavo Xisto, representante jurídico das empresas da família.
Dinheiro emprestado
Além da acusação por agressão sexual na Espanha, o ex-lateral já tinha contas bancárias bloqueadas pela justiça brasileira. Dois processos estão abertos contra Daniel e levaram a tais bloqueios. Um por parte do Banco Safra, que requere o pagamento de R$ 550 mil por conta de um empréstimo que não foi pago. A outra ação judicial foi feita pela ex-esposa do jogador, Dinorah Santana, por não pagamento de pensão alimentícia. Dinorah pede R$ 13 milhões em pensão não paga desde 2022 aos filhos Daniel e Vitória. Tal ação boqueou cerca de sete milhões de reais do então jogador.
Entenda o caso
Em 31 de dezembro de 2022, Daniel Alves esteve em uma casa noturna de Barcelona, na qual imagens comprovam que ele convidou a vítima, uma jovem de 23 anos, a entrar no banheiro com o jogador. Cerca de 15 minutos depois, Daniel sai do banheiro e a moça depois dele. Ela conta sobre a agressão a amigas e um segurança da boate, que abre um protocolo de segurança.
Ao ser ouvida pela justiça espanhola em janeiro de 2023, a vítima acusa o atleta de agressão física e estupro, visto que após entrar no banheiro, desistiu de se relacionar com Daniel Alves. Segundo a vítima, tal recusa fez com que Daniel a impedisse de sair do cômodo, agredindo-a, além de forçá-la a fazer sexo oral e penetrá-la. O jogador foi preso no mesmo mês e, em seus depoimentos, foi contraditório ao menos três vezes. Isso somado às evidências do crime fizeram com que a prisão se mantivesse.
O ex-jogador do Barcelona e do São Paulo está preso desde o dia 20 de janeiro de 2023. Esse período será deduzido da pena de quatro anos e meio. Sendo assim, Daniel deve permanecer preso por mais de três anos, até julho de 2027.