Disputa pela guarda de Léo reacende dor e debate familiar após decisão judicial

Batalha judicial pela guarda de Léo, filho da cantora Marília Mendonça e do cantor Murilo Huff, ganhou novos contornos nesta semana após a Justiça conceder, provisoriamente, a guarda da criança ao pai. A decisão foi tomada durante audiência de conciliação realizada na última segunda-feira (30), no Fórum Cível de Goiânia, marcando um capítulo delicado em uma disputa familiar que expõe não apenas questões legais, mas profundas emoções e vínculos afetivos

Batalha judicial

O Pequeno Léo, de apenas cinco anos, vivia sob os cuidados da avó materna, dona Ruth Moreira, desde o falecimento de Marília Mendonça, vítima de um acidente aéreo em 2021. O vínculo entre avó e neto era descrito como diário e intenso. A decisão da Justiça, no entanto, alterou drasticamente essa rotina, provocando forte reação emocional de Ruth, que demonstrou preocupação com o bem-estar do menino e anunciou que pretende recorrer.

O clima entre as partes se deteriorou publicamente no fim de junho, quando Murilo Huff divulgou em suas redes sociais que possuía “provas e fatos” contra dona Ruth. Pouco depois, entrou com o pedido de guarda unilateral, cuja tramitação ocorre sob segredo de Justiça. A audiência mais recente durou cerca de duas horas e terminou sem acordo, o que levou o juiz a conceder a guarda provisória ao pai.

A nova configuração familiar continua cercada de incertezas e ressentimentos. As condições atuais de visitação, estabelecidas pela decisão judicial, determinaram encontros quinzenais entre Léo e sua avó, o que também tem gerado críticas.

Murilo Huff canta e seu filho Léo toca bateria (Vídeo: reprodução/Instagram/@murilohuff)

Conflito emocional

O caso reacende não apenas o luto da perda precoce de Marília, mas também o debate sobre o melhor interesse da criança diante de conflitos afetivos entre adultos. Enquanto os trâmites judiciais seguem seu curso, o pequeno Léo continua no centro de uma disputa que ultrapassa o jurídico — e toca o coração de milhares de brasileiros que acompanharam sua história desde o início.

Diante da repercussão nacional, o caso levanta reflexões sobre como o sistema de Justiça deve equilibrar laços afetivos e responsabilidades parentais em situações tão delicadas. Em meio a decisões legais e embates familiares, permanece uma questão essencial: como preservar a estabilidade emocional de uma criança que já enfrentou a perda da mãe em tão tenra idade? O futuro de Léo agora dependerá não apenas dos recursos judiciais, mas também da capacidade das partes envolvidas de colocarem o bem-estar dele acima de suas divergências.