Gio Ewbank e Gagliasso falam após condenação de portuguesa por racismo

Adélia Barros foi processada por ofensas aos filhos da apresentadora, em julho de 2022

Júlia Fabra Por Júlia Fabra
3 min de leitura
Foto destaque: Giovanna, Titi e Bruno (Reproução/Instagram/@gioewbank)

A apresentadora Giovanna Ewbank, 38, e o ator Bruno Gagliasso, 42, se pronunciaram publicamente após a Justiça de Portugal condenar Adélia Barros, 59, por cometer racismo contra Titi, 11, e Bless, 9, durante viagem da família ao país em 2022.

Reação de Giovanna e Bruno

A condenação da mulher responsável pelo ato de racismo contra a filha de Giovanna Ewbank, Titi, foi um marco importante, e o casal compartilhou suas impressões sobre o desfecho do caso.

Há quase três meses a gente celebrava uma vitória contra o racismo no Brasil. E, hoje, direto de Salvador, neste mês que nos pede consciência para que lembremos da herança escravocrata que herdamos, a gente volta para propagar mais uma vitória contra o racismo, desta vez em Portugal.“, escreve a apresentadora no início de sua publicação.


Publicação de Giovanna Ewbank sobre a decisão da Justiça Portuguesa (Reprodução/Instagram/@gioewbank)


“Assim como já dissemos, mas precisamos repetir: sabemos que essa vitória acontece por termos visibilidade e por sermos brancos. Sabemos que somos mais ouvidos que quaisquer mãe ou pai negros que ainda são silenciados. Sabemos. E não podemos parar – principalmente se o nosso privilégio fizer diferença numa luta. É esse o nosso papel, é esse o papel da branquitude”, eles finalizam a mensagem.

Relembre o caso

Em 30 de julho de 2022, durante uma viagem de férias à Costa da Caparica, em Portugal, Titi e Bless, filhos de Giovanna Ewbank, viveram um episódio de racismo, em que uma mulher se aproximou e proferiu palavras ofensivas em relação às crianças, desrespeitando suas identidades raciais.

Adélia Barros, responsável pelos insultos racistas, foi identificada e, após investigação, foi condenada pela Justiça portuguesa. Ela foi processada por discriminação racial, uma vez que suas atitudes configuraram uma violação das leis locais contra crimes de ódio.

O tribunal de Almada determinou que Adélia Barros cumpra uma pena de oito meses de prisão, que pode ser cumprida em liberdade, com a condição de que não cometa outro crime durante os próximos quatro anos. Além disso, ela foi condenada a pagar uma indenização de 14 mil euros (aproximadamente R$ 85 mil) e a se submeter a tratamento para alcoolismo. Ela também deverá pagar 2.500 euros (cerca de R$ 15 mil) à associação SOS Racismo.

A situação gerou grande indignação e repercussão nas redes sociais, com a família Ewbank recebendo apoio de milhares de pessoas que se manifestaram contra o preconceito.