A investigação do assassinato de Tupac Shakur, morto a tiros em 1996, ganhou novos desdobramentos com a recente prisão de Sean ‘Diddy’ Combs e a contratação de um advogado especializado pela família do rapper para apurar o possível envolvimento do magnata do hip-hop no crime.
A investigadora Sheryl McCollum, que analisou a cena do crime, afirmou em entrevista que acredita no envolvimento direto de Diddy não só na morte de Tupac, mas também no tiroteio que o rapper sofreu em 1994. Apesar de ter negado os rumores em 2008, Diddy agora enfrenta novas acusações de tráfico sexual, agressão e associação criminosa, aumentando as suspeitas ao seu redor.
Família e investigadores buscam respostas
Quase três décadas após a morte de Tupac Shakur, as investigações parecem ganhar uma nova perspectiva. Recentemente, a família do rapper contratou o renomado advogado de celebridades Alex Spiro para aprofundar a investigação sobre o envolvimento de Sean ‘Diddy’ Combs no caso. Spiro, que é famoso por defender celebridades como Alec Baldwin e Elon Musk, agora atua para esclarecer as circunstâncias do crime que permanece sem solução desde 1996. De acordo com informações da Billboard, o movimento da família condiz com as declarações de Duane ‘Keefe D’ Davis, ex-líder de gangue, que foi preso por envolvimento no assassinato e afirmou que Diddy teria oferecido US$ 1 milhão para a execução de Tupac.
Sheryl McCollum, investigadora que trabalhou no caso, também veio a público reforçar suas suspeitas sobre o envolvimento de Diddy. Em entrevista ao programa Banfield da NewsNation, ela afirmou que suas investigações mostram uma conexão entre o produtor musical e o tiroteio sofrido por Tupac em 1994, segundo ela, o ataque teria sido parte de uma sequência de eventos que culminou na morte do rapper dois anos depois.
Tupac realizando um show em Nova York em 1993 (Foto: reprodução/Al Pereira/Getty Images Embed)
Negações anteriores
Sean ‘Diddy’ Combs já havia enfrentado rumores sobre seu envolvimento na morte de Tupac. Em 2008, após a publicação de uma reportagem no Los Angeles Times sugerindo sua participação, Diddy foi enfático em sua defesa. “A história é uma mentira. É mais do que ridículo e completamente falso”, declarou ele na época, criticando o jornal por publicar informações sem fundamento.
Apesar das negações, a cultura pop continuou a alimentar a ideia de sua participação, com citações em filmes, músicas e séries durante os anos. O rapper Eminem principalmente, já que em diversas de suas músicas faz referências ao suposto envolvimento de Diddy na morte de Tupac, como Fuel e Killshot. Embora não existam confirmações legais desses rumores, a prisão recente de Diddy e o retorno das investigações aumentaram os rumores sobre sua possível conexão com o assassinato que chocou o mundo em 1996, e provavelmente descobriremos mais com o decorrer do tempo.
Diddy sob investigação
Enquanto a conexão com o assassinato de Tupac volta a ser discutida, Diddy enfrenta um cenário judicial complexo. O magnata do hip-hop foi preso recentemente sob acusações de tráfico sexual, agressão e associação criminosa. De acordo com promotores federais, ele teria comandado uma rede criminosa que operava desde 2008, organizando festas de luxo com drogas, álcool e tráfico de mulheres, conhecidas como ‘freak-offs’. Celebridades como Jay-Z, Beyoncé, Leonardo DiCaprio e Naomi Campbell já foram associadas aos eventos organizados por Diddy.
A advogada de Diddy, Erica Wolff, negou todas as acusações, dizendo que elas são “falsas” e “difamatórias”. O ex-produtor musical agora se encontra preso no Centro de Detenção Metropolitana do Brooklyn em Nova York, aguardando seu julgamento.