Juiz nega pedido de P. Diddy para investigar vazamentos ilegais

"Combs não assumiu seu fardo de provar que o governo vazou à CNN", diz juiz

Por Pedro Chiabai
3 min de leitura
Foto destaque: Rapper P.Diddy (Reprodução/Angela Weiss/Getty Images Embed)

Um juiz federal negou, nesta segunda-feira (16), um recurso do rapper Sean Combs (P. Diddy) para apurar o envolvimento de agentes federais no vazamento de materiais incriminatórios à imprensa. A acusação era de que o governo teria vazado à CNN um vídeo do músico agredindo sua ex-namorada Cassie Ventura para prejudicar sua reputação.


Rapper Sean Combs (Foto: reprodução/Shareif Ziyadat/Getty Images Embed)


O julgamento

Em entrevista à revista People, o juiz Aron Subramanian disse que Diddy não tem argumentos capazes de sustentar a acusação:

Sobre o vídeo do Hotel Intercontinental, Combs não assumiu seu fardo de provar que o governo vazou à CNN. Ele argumenta que a fonte mais provável de vazamento é o governo, mas não aponta nenhuma base sólida capaz de sustentar esta conclusão

A defesa de Diddy acusou o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DHS) de “enfraquecer” o direito do artista a um “julgamento justo”:

Estes vazamentos resultaram em uma danosa e altamente prejudicial cobertura da mídia, que particularmente tornou a investigação sensacionalista e envolveu a família do Senhor Combs

No entanto, os procuradores federais negaram as acusações e afirmaram em uma carta à corte que eles “não tinham acesso às imagens antes da publicação da CNN.” 

O juiz Subramanian concluiu o caso dizendo:

A corte mais uma vez lembra ao governo e seus agentes que se for provada qualquer quebra de informação confidencial, ações serão tomadas. E a corte lembra ao público que se o governo pode provar que Combs é culpado, isso ocorrerá a partir de evidências presentes no julgamento, não em um julgamento de jornais

Imagens vazadas

Esta gravação se refere às imagens de câmeras de vigilância, gravadas em 2016, de um hotel que mostram Sean Combs agarrando Cassie Ventura pelo pescoço, a jogando ao chão, chutando-a e arrastando ela caída pelo corredor.


Imagens de câmera de vigilância que mostram a agressão de Combs. Este vídeo contém cenas fortes (Vídeo: reprodução/X/BNO News)


O vídeo foi vazado pela CNN cinco meses antes da prisão de P. Diddy no dia 16 de setembro, quando foi sentenciado por tráfico sexual, estupro, associação ilícita e promoção da prostituição.

Sean Combs segue preso no Centro de Detenção Metropolitano do Brooklyn.

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Estudante de jornalismo apaixonado por cinema e literatura.
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