Julia Fox causa revolta com traje inspirado em Jackie Kennedy

Julia Fox acende debate ao usar réplica do tailleur ensanguentado de Jackie Kennedy no Halloween; atriz afirma que “não era uma fantasia”

03 nov, 2025
Julia Fox | Reprodução/Instagram/@juliafox
Julia Fox | Reprodução/Instagram/@juliafox

A noite de Halloween em Nova York terminou em polêmica depois que a atriz e modelo Julia Fox apareceu em uma festa vestida com uma réplica do famoso tailleur rosa usado por Jacqueline Kennedy no dia do assassinato de John F. Kennedy, e acrescentou manchas vermelhas que simulavam sangue, imagem que imediatamente gerou reações contrárias nas redes sociais.

Usuários e críticos definiram o look como de mau gosto e ofensivo, apontando para o peso histórico e simbólico do traje original, preservado até hoje como registro do luto nacional americano. Entre os comentários, havia quem visse na reprodução uma exploração sensacionalista de um episódio trágico, enquanto outros defenderam a liberdade estética da artista; a divisão se tornou tema de reportagens e threads ao longo do dia seguinte.

Justificativa

Nas próprias redes, Fox respondeu às críticas classificando a escolha como uma declaração e não apenas uma fantasia, relacionando o gesto à imagem pública de Jackie Kennedy que, segundo a atriz, se recusou a trocar de roupa depois do atentado para que “vejam o que fizeram”, um gesto que ela descreveu como parte de um manifesto sobre beleza, horror, coragem e espetáculo público.


 

View this post on Instagram

 

A post shared by Julia Fox (@juliafox)

Julia Fox (Foto: reprodução/Instagram/@juliafox)


A justificativa não acalmou a controvérsia: historiadores e comentaristas culturais lembraram que a roupa ensanguentada de Jackie se tornou símbolo de uma ferida coletiva e que sua reprodução em contexto de festa pode ser dolorosa para familiares e para a memória pública, independentemente da intenção artística.

Polêmica

Especialistas em imagem pública e moda também destacaram que a circulação instantânea de fotografias e vídeos multiplica a recepção do gesto, transformando uma performance privada em debate público global em questão de horas; para alguns, a escolha de Fox foi um cálculo consciente de provocação, para outros, um desrespeito que ultrapassou o limite entre arte e insensibilidade.


 

View this post on Instagram

 

A post shared by Julia Fox (@juliafox)

Julia Fox (Foto: reprodução/Instagram/@juliafox)


No balanço, a polêmica reacende perguntas sobre os limites da representação histórica no entretenimento e sobre como celebridades usam o simbolismo, especialmente quando toca em tragédias, para construir narrativas pessoais ou chamar atenção. A resposta de Julia Fox, insistindo que “não era uma fantasia”, fica agora submetida ao crivo público, enquanto a discussão sobre memória, respeito e liberdade de expressão segue nas redes e nas colunas culturais.

Mais notícias