Livro sobre Gwyneth Paltrow expõe rompimento com Madonna
Biografia da atriz Gwyneth Paltrow reacende debate sobre celebridades e vínculos femininos
Gwyneth Paltrow e Madonna, ícones de gerações diferentes, romperam a amizade há quase duas décadas — mas só agora o motivo veio à tona. O livro Gwyneth: The Biography, escrito por Amy Odell e com lançamento previsto para julho de 2025, traz bastidores de uma viagem em que Madonna teria causado desconforto à atriz e a seu então marido, Chris Martin.
O episódio encerrou uma relação que parecia sólida e inspiradora para o público. Mas o livro levanta mais do que fofocas: abre espaço para pensar sobre os bastidores dos vínculos entre mulheres sob os holofotes.
Quando Gwyneth e Madonna eram inseparáveis
Nos anos 1990 e início dos 2000, Gwyneth Paltrow e Madonna cultivaram uma amizade que parecia à prova do tempo. Unidas por afinidades como yoga, dieta macrobiótica, espiritualidade cabalística e uma vida de muito luxo entre Londres e Nova York, as duas se tratavam como irmãs. Gwyneth chegou a dizer que Madonna era uma figura maternal para ela.
— Gwyneth Paltrow e Madonna juntas (Foto: Reprodução/Dave M.Benett/Getty Images Embed)
Na época, a imprensa chamava a amizade de “espiritual” e “profunda” — um modelo aspiracional de sororidade entre celebridades que pareciam diferentes, mas encontravam pontos de interseção entre a fama e o feminino.
O livro que trouxe a ruptura de Gwyneth e Madonna
O rompimento entre elas nunca foi oficialmente explicado, até que a jornalista Amy Odell trouxe luz ao episódio em Gwyneth: The Biography, obra que chega ao mercado internacional no final de julho. Fruto de mais de 2.200 entrevistas, o livro tenta traçar um retrato íntimo da atriz, empresária e ícone wellness, incluindo suas conexões afetivas e profissionais.

Segundo um trecho divulgado com exclusividade pela revista People, o fim da amizade se deu após uma viagem a uma ilha paradisíaca, onde Madonna apareceu sem aviso e insistiu que Gwyneth e Chris Martin participassem de um jantar em grupo. Lá, Madonna teria repreendido duramente sua filha, Lourdes Leon, diante dos convidados. Após o jantar, Chris teria dito: “Não posso mais conviver com essa mulher. Ela é horrível.” Gwyneth teria concordado, declarando que a cantora era “tóxica”. Desde então, as duas não voltaram a se falar.
Entre a intimidade e o entretenimento: o desafio de narrar afetos alheios
Relatos como o de Gwyneth e Madonna revelam mais do que bastidores de celebridades — eles expõem os limites entre o íntimo e o público. Em Gwyneth: The Biography, Amy Odell apresenta uma versão sensível e detalhada do episódio, com base em entrevistas e fontes próximas à atriz.

No entanto, por mais cuidadosa que seja, a narrativa permanece unilateral. Madonna, por exemplo, não deu sua versão dos fatos. Nesse sentido, esse tipo de lacuna é comum em biografias não autorizadas. Porque constroem retratos baseados em fontes próximas e nem sempre escutam todos os lados envolvidos. Por isso, ao transformar o afeto em conteúdo, o livro convida a refletir sobre o que é memória, o que é interpretação e o que já se tornou narrativa editorial.
Celebridades e o apelo das amizades desfeitas
A mídia costuma voltar os holofotes para o fim de vínculos femininos entre celebridades, muitas vezes interpretando essas histórias de forma reducionista. No entanto, o rompimento entre Gwyneth e Madonna entra na mesma lógica de outros casos midiáticos. Como, por exemplo, Taylor Swift e Karlie Kloss ou Anitta e Gkay, em que a narrativa da amizade desfeita ganha tons quase ficcionais.
No livro, Amy Odell apresenta Madonna como uma figura difícil, até “tóxica”, e reforça um arquétipo recorrente. Esse tipo de representação alimenta estereótipos e simplifica relações complexas. Em vez de buscar culpados, o episódio ajuda a entender como a fama afeta os afetos e transforma experiências íntimas em conteúdo.
