Acusado de “assédio e intimidação”, o príncipe Harry deixou o cargo de patrono da ONG Sentebale, fundada em homenagem à sua mãe, a princesa Diana. As acusações foram feitas pela presidente da instituição, Sophie Chandauka, que na segunda-feira (31) reforçou as denúncias, enquanto amigos próximos do príncipe saíram em sua defesa.
Conflito e renúncia
O desentendimento entre Harry e Chandauka culminou na saída do príncipe do posto de patrono da Sentebale, ONG fundada por Harry e pelo príncipe Seeiso em 2006, visando ajudar crianças e jovens afetados pelo HIV e AIDS em Lesoto e Botsuana, na África.
Na semana passada, Harry anunciou que tomou a “decisão devastadora” de renunciar ao cargo na ONG. O príncipe Seeiso e todo o conselho administrativo também deixaram a organização.
Chandauka afirmou em entrevista ao programa “Trevor Phillips on Sunday” que Harry e Meghan Markle prejudicaram um importante evento beneficente em abril de 2024 ao permitirem presença da equipe de filmagem da série da Netflix, de contrato milionário. A presidente também revelou que as doações para a instituição diminuíram desde a saída do príncipe. Amigos do monarca afirmam que as acusações “não têm base”.

Príncipe Harry em agenda de ONG (Foto: Reprodução/Instagram/@sentebale)
Declarações e polêmicas
“O que o príncipe Harry queria era me expulsar da organização, e isso continuou por meses, com bullying e assédio. Tenho provas. Houve reuniões do conselho em que membros da equipe executiva e consultores estratégicos externos me enviaram mensagens dizendo: ‘Devo interromper? Devo parar com isso? Oh, meu Deus, isso é tão ruim’”, disse Chandauka em entrevista à Sky News.
O que fomentou ainda mais a polêmica foi um vídeo descoberto, que mostra Meghan fazendo com que Chandauka, que se posicionou para registro com troféu ao lado de Harry, trocasse sua posição para se colocar ao lado da duquesa de Sussex. Após o evento, Chandauka relata que recebeu de Harry pedido de declaração em apoio a Meghan e que o tom do pedido foi “desagrável”.
Dois ex-administradores se manifestaram em apoio ao príncipe, incluindo Kelello Lerotholi. “Posso dizer honestamente que, nas reuniões em que estive presente, nunca houve sequer um indício disso”, comentou quanto ao pedido.
Sophie Chandauka é apontada por má administração da organização, e conflitos entre os administradores e a presidente se intensificaram desde que ela assumiu a função em 2023.