Rafa Kalimann desabafa sobre acusações de intolerância religiosa

Ex-BBB conversa sobre como questionamentos sobre sua fé tornam a vida de celebridade mais difícil

4 min de leitura
Rafa Kalimann em entrevista ao WOWcast, da Revista WOW, no YouTube
Foto Destaque: Rafa Kalimann (Reprodução/ Youtube/WOW Podcast)

A influenciadora Rafa Kalimann, de 31 anos de idade, afirmou ser alvo de intolerância religiosa. Em conversa no podcast da Revista WOW, apresentado por Brunno Rangel e Ma Feitosa, publicado no YouTube na quarta-feira (5), a atriz contou que atravessa ataques de desinformação sobre a compatibilidade entre a sua fé e atuação como celebridade. 

Kalimann sofreu acusações de preconceito com religiões de matriz africana em ensaios técnicos da Imperatriz Leopoldinense, escola de samba em que iria desfilar como musa no Carnaval 2025. A ex-BBB reclamou que as pessoas mentiram de maneira sensacionalista sobre o fato dela ter deixado de cantar partes do samba-enredo da Rainha de Ramos que abordaram o Orixá Exu.

Origem da polêmica

A ex-BBB conta que uma jornalista utilizou 15 minutos de um momento de descanso para publicar que ela não teria cantado o samba-enredo por causa da sua religião, devido ao tema estar relacionado a uma religião diferente da que a musa professa. O fato indignou Kalimann porque levantou debates sérios e profundos na imprensa contra ela, que sofre as consequências da fofoca até hoje.

Kalimann justificou a situação como um momento para recuperar o fôlego após um período de cerca de 50 minutos cantando sem intervalo. Essa parada técnica é normal e necessária, além de ser um momento para tirar fotos e interagir com as pessoas presentes.

A atriz garante que a polêmica não foi o motivo para seu desligamento da escola e reiterou que algumas pessoas se aproveitaram do assunto para fundamentar sua saída. 


Rafa Kalimann conversa sobre fé, intolerância e liberdade (Reprodução/YouTube/Revista WOW)

Respeito acima de tudo

A namorada do cantor Nattan conta que sentiu na pele como a intolerância religiosa é um fato, pois foi atacada por ambos os lados, tanto por ser cristã quanto por cantar e desfilar em uma escola de samba. De alguma forma, ela se sente descredibilizada pelos grupos religiosos. Além disso, Kalimann afirma ter muito respeito e admiração pela crença do outro, pois a fé de cada um é sagrada. Por isso, foi muito angustiante se ver envolvida em uma questão como essa. A fé do próximo é um lugar que deve ser respeitado. 

Apesar de crer em Deus e Jesus Cristo desde a infância, dentro da fé cristã, Rafa também cresceu envolvida com a Seicho-No-Ie, uma seita de origem japonesa cujos valores são a paz espiritual e exercícios mentais. Também frequentou procissões do Círio de Nazaré, em Belém do Pará, e sempre admirou a devoção daqueles fiéis. 

A musa também contou como foi visitar o Terreiro de Gantois, em Salvador, Bahia, e conversar com a mãe de Santo Ângela. Ali, ela tirou suas dúvidas e conheceu um pouco mais daquela religião, que ela entende expressar uma cultura, além da fé. 

Essas interações com outras religiões ao longo da vida não modificaram sua fé cristã. Antes, Rafa revela que o respeito, sim, muda sua fé, porque a torna ainda mais legítima.

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