Sasha revela distúrbio de imagem aos 7 anos após criticas na internet

O encontro foi dedicado para falar sobre saúde feminina e equilíbrio físico, mental e emocional

Vitoria Raminelli Por Vitoria Raminelli
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Foto destaque: Sasha Meneguel e a diretora de redação Maria Rita Alonso no Festival 2024 da revista Marie Claire (Reprodução/ Instagram/@marieclairebr/Lana Pinho)

Durante o Festival Marie Claire, realizado neste sábado (19) no Instituto Principia, em São Paulo, Sasha Meneghel refletiu sobre o desenvolvimento de sua autoestima ao longo da infância e adolescência. Ao abordar sua trajetória, ela destacou o desafio de crescer sendo uma figura pública, mas com uma certa invisibilidade, o que marcou profundamente sua relação com a própria imagem.

O relato de Sasha Meneghel

Ao relembrar sua infância, Sasha Meneghel revelou as dificuldades que enfrentou em relação à sua imagem pessoal, especialmente por conta da pressão das expectativas que a acompanharam desde o nascimento. Apesar de não ter perfis em redes sociais como Twitter ou Instagram na época, ela admitiu que frequentemente buscava na internet o que diziam sobre ela, o que acabou contribuindo para o desenvolvimento de um distúrbio de imagem. Aos 7 anos, ela já sentia o impacto dessas opiniões, que influenciaram sua autopercepção. Por muito tempo, Sasha confessou não ter sido gentil consigo mesma ao se olhar no espelho.

Sasha, que é formada em Moda, afirmou que ao estudar nos Estados Unidos, o anonimato a ajudou a melhorar sua relação com a própria imagem, percebendo que as críticas tinham apenas a intenção de feri-la.


Costanza Pascolato e Sasha Meneguel no Festival Marie Claire 2024 (Reprodução/Instagram/@marieclairebr/Foto por Lana Pinho)

A busca por uma juventude eterna

Costanza Pascolato, escritora e consultora de moda, compartilhou sua experiência sobre a autoimagem, fortemente influenciada pela infância como imigrante. Nascida na Itália, chegou ao Brasil aos 5 anos, sem dominar o idioma, e só pôde iniciar os estudos aos 7, sofrendo com brincadeiras em relação ao seu nome. Com o passar dos anos, reconheceu suas singularidades e aprendeu a abraçá-las como parte essencial de sua identidade. Hoje, aos 85 anos, mantém essa confiança e não se preocupa com a valorização da juventude. Ela admitiu que tentou alguns procedimentos estéticos, mas desistiu, afirmando que o bem-estar começa com a autoaceitação.

A cultura das tendências

As duas profissionais abordaram também o impacto das redes sociais na moda e a constante pressão para seguir tendências. Sasha comentou que, com a popularização dessas plataformas, surge a necessidade de aderir a certos padrões, o que muitas vezes gera desconforto. Ela recordou que, durante sua adolescência, tentou se adaptar a esses estilos, mas acabou se perdendo nesse processo. Foi somente ao amadurecer que seu estilo passou a refletir sua verdadeira personalidade.

Costanza defende que o verdadeiro estilo está profundamente conectado à personalidade de cada um. Para ela, desenvolver um estilo autêntico pode ser desafiador, pois é crucial que ele reflita quem somos. A moda oferece inúmeras opções, mas ninguém deve se sentir mal por não se enquadrar em um padrão de “estiloso”. Mesmo tendo escolhido uma carreira que valoriza a estética, ela ressalta que a autenticidade deve sempre prevalecer.

Sasha, que atualmente comanda sua marca Mondepars, compartilha essa visão ao afirmar que busca criar roupas que atendam não apenas suas necessidades, mas também as de pessoas com diferentes realidades. Ela acredita que a vestimenta deve servir ao indivíduo, promovendo conforto e identidade, em vez de impor limitações.

Redatora de moda e cultura
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