Sean “Diddy” é acusado de vingança sexual após ligação com caso Tupac

Magnata do rap teria estuprado mulher como retaliação por comentários que o conectavam ao assassinato de Tupac Shakur, em 1996. A acusação inclui também ameaça com faca e tentativa de silenciamento

Lais Cordeiro Por Lais Cordeiro
3 min de leitura
Foto destaque: Sean "Diddy" Combs (Reprodução/Shareif Ziyadat/Getty Images Embed)

Sean “Diddy” Combs, uma das maiores figuras da música americana, enfrenta novas acusações graves. A denunciante Ashley Parham registrou uma queixa na Justiça da Califórnia, alegando que o rapper a estuprou como “vingança” por ela fazer comentários ligando-o ao assassinato de Tupac Shakur, ocorrido em 1996. Parham afirmou que, além da agressão sexual, Diddy a ameaçou com uma faca, prometendo cortar seu rosto como represália por suas declarações.

Encontro com Diddy e ameaça

Conforme os documentos apresentados na Justiça nesta terça-feira, Parham contou que conheceu Diddy em 2018, por meio de um amigo em comum. Durante uma chamada de vídeo organizada pelo amigo para impressioná-la, ela recusou participar ao expressar que acreditava no envolvimento de Diddy no assassinato de Tupac. Segundo ela, o comentário foi ouvido pelo artista, que garantiu que ela “pagaria por isso”.

Parham afirmou que, mais tarde, esse mesmo amigo a convidou para sua casa com a justificativa de precisar de ajuda com medicamentos para câncer. Quando chegou ao local, Diddy teria aparecido de surpresa, já segurando uma faca. Ele então ameaçou cortá-la no rosto, referindo-se a um “sorriso de Glasgow”, uma prática de desfiguração, e em seguida, a violentou com um controle remoto.


Tupac, Diddy e Big (Foto: reproduçaõ/Instagram/@iamdiddy)

Tentativa de silenciamento

Parham relata que tentou fugir diversas vezes, mas sem sucesso. Ela também alegou que, após o ataque, foi oferecido dinheiro para que afirmasse que a relação sexual foi consensual. Os vizinhos, que ouviram a confusão e acionaram a polícia, foram os primeiros a intervir. No entanto, segundo Parham, as autoridades não tomaram medidas significativas na época.

Agora, Parham está processando Diddy e outras seis pessoas por crimes como agressão sexual, cárcere privado e sequestro. Ela pede que os envolvidos sejam levados a julgamento. Diddy, até o momento, não se pronunciou sobre as acusações, mas tem negado consistentemente qualquer envolvimento no assassinato de Tupac ou em crimes sexuais. O julgamento do ex-membro de gangue Duane “Keffe D” Davis, que alegou ter recebido US$ 1 milhão de Diddy para matar o rapper, está marcado para março de 2025.