Três suspeitos são acusados de extorsão milionária à família do ex-piloto Michael Schumacher

Conforme a promotoria, os acusados ameaçaram divulgar 1500 documentos íntimos de Schumacher

Isabella Grisolia Rouxinol Por Isabella Grisolia Rouxinol
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Foto Destaque: Michael Schumacher (Reprodução/Instagram/@michaelschumacher)

Os promotores alemães divulgaram mais detalhes sobre a tentativa de extorsão contra a família do heptacampeão Michael Schumacher no início deste ano. Ao todo, três pessoas são acusadas de terem exigido uma quantia de 15 milhões de euros (91 milhões de reais, segundo a cotação mais recente) em troca da não divulgação de vídeos e fotos privadas do ex-piloto antes do acidente de esqui que sofreu em 2013.

Suspeitos

De início dois suspeitos haviam sido detidos pela polícia da Alemanha, sendo eles: um homem de 53 anos natural de Wuppertal, ao norte de Kerpen a cidade natal de Schumacher e seu filho de 30 anos. A alegação contra o mais velho é de ser o líder do esquema e de ter ameaçado Schumacher com a divulgação de imagens particulares ao menos que recebesse os € 15 milhões de euro.

Já o filho do líder de 30 anos é acusado de ser a pessoa que criou o endereço de e-mail não rastreável pelo qual o material de ameaça foi enviado à família Schumacher.

O terceiro indivíduo que surgiu nas investigações do caso também tem 53 anos e é nativo da cidade de Wuelfrath, ao norte de Wuppertal. Acredita-se que ele tenha trabalhado como segurança para a família Schumacher até 2021 e foi o responsável por obter as imagens do ex-piloto.  A acusação é que ele vendeu a matéria obtido “por uma quantia de cinco dígitos”, segundo os promotores que cuidam do caso.

Esta não é a primeira vez que a família do heptacampeão mundial é vítima de tentativas de extorsão. Em 2017, um homem foi condenado a 21 meses de prisão por tentativa de extorsão por enviar um e-mail de chantagem dirigido a Corinna Schumacher, esposa do piloto.


Michael Schumacher e sua esposa Schumacher (Foto:reprodução/Instagram/@michaelschumacher)

Acidente de esqui

O heptacampeão mundial de Fórmula 1, Michael Schumacher, não é visto em público desde um grave acidente de esqui nos Alpes franceses, em dezembro de 2013. Ele bateu com força a cabeça em uma pedra e foi diagnosticado com danos cerebrais que o mantêm distante dos olhos do público até hoje.

Na época, a porta-voz da família Schumacher, Sabine Kehm, disse que Michael estava esquiando em uma área de neve profunda quando parou para ajudar um amigo caído. Quando voltou a se movimentar, o alemão escorregou em uma pedra que estava escondida sob o gelo. Catapultado, o ex-Ferrari bateu a cabeça em outra pedra e foi resgatado por patrulheiros locais, que acionaram o resgate aéreo. Testemunhas relataram o uso de capacete, mas foi partido por conta do impacto.

Schumacher foi levado de helicóptero primeiro para um hospital próximo, em Moûtiers, mas depois acabou sendo transferido ao Centro Hospitalar Universitário de Grénoble, onde já chegou em coma. A partir deste ocorrido, Michael iniciou uma luta de anos pela sua vida.

Desde então pouco foi divulgado sobre a condição de saúde de Schumacher, As declarações oficiais sempre foram breves, falando de pequenos sinais de melhoria e de um longo processo de recuperação. Com o passar do tempo, menos se sabia e as notícias tornaram-se cada vez mais raras, até que Michael foi transferido definitivamente do hospital universitário no cantão de Vaud, na Suíça, para continuar o tratamento em casa.

A esposa do ex-piloto Corinna, em uma rara declaração à imprensa, destacou que o sigilo em torno da condição de saúde sempre foi seguido por ser um pedido de Schumacher. Em julho de 2021, a Netflix lançou um documentário sobre Schumacher, que teve o apoio da família, mas tampouco foi abordado sobre o quadro de saúde pós-acidente em Méribel. Desde então, é o que se tem de conhecimento sobre um dos maiores pilotos da história da Fórmula 1.