Val Marchiori inicia tratamento contra câncer de mama e compartilha mensagem otimismo
Socialite brasileira Val Marchiori, de 50 anos, iniciou nesta segunda-feira (1º) o tratamento contra câncer de mama no Hospital Albert Einstein, unidade Morumbi, em São Paulo. No domingo, ela compartilhou registros de uma visita a uma igreja em seus stories do Instagram e escreveu que amanhã começava sua luta contra o câncer de mama. Em […]
Socialite brasileira Val Marchiori, de 50 anos, iniciou nesta segunda-feira (1º) o tratamento contra câncer de mama no Hospital Albert Einstein, unidade Morumbi, em São Paulo. No domingo, ela compartilhou registros de uma visita a uma igreja em seus stories do Instagram e escreveu que amanhã começava sua luta contra o câncer de mama. Em nome de Jesus, ela iria vencer, e declarava que a vitória já é sua.
Acompanhada pelos filhos gêmeos Eike e Victor, de 19 anos, e pelo marido, o advogado Amilton Augusto, Val reforçou nas redes sociais: “Ao lado dos meus filhos sou mais forte”. Em outra postagem, declarou que “o amor é o remédio mais poderoso” para enfrentar os desafios do tratamento.
Diagnóstico
O diagnóstico foi confirmado após um exame de rotina e uma biópsia, que identificaram um tumor maligno na mama direita. Ela está sob os cuidados do oncologista Fernando Maluf e passará por cirurgia com o mastologista Silvio Bromberg, cujo objetivo é remover o tumor e impedir que a doença se espalhe.
Na última sexta-feira, antes da internação, Val Marchiori visitou o Santuário de Nossa Senhora Aparecida, onde reafirmou sua confiança na cura: “Estou aqui, firme na fé em Nossa Senhora Aparecida, vivendo cada dia com esperança e coragem. Sigo acreditando na minha cura com o coração cheio de gratidão por todo amor e apoio que recebo”.

Stories de Val Marchiori (Foto: reprodução/Instagram/@valmarchiori)
Determinada e cercada de carinho, Val Marchiori deixa uma mensagem de otimismo e alerta para a importância dos exames de detecção precoce. O autoexame mensal das mamas é um aliado valioso para identificar cedo qualquer nódulo, alteração de textura ou secreção anormal.
Além disso, recomenda-se a partir dos 40 anos a realização de mamografias anuais, ou conforme orientação médica, e o exame clínico periódico com o ginecologista, que ajudam a diagnosticar tumores em estágios iniciais, quando as chances de cura são muito maiores. Ao perceber qualquer sinal diferente, é fundamental buscar imediatamente um especialista. Val promete dividir cada etapa da recuperação, reforçando que informação, amor-próprio e cuidados constantes são os pilares para inspirar mulheres a assumirem o protagonismo na própria saúde.

O impacto crescente
O câncer de mama é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos. Ele ocorre principalmente em mulheres de meia-idade e mais velhas, com idade média ao diagnóstico de 62 anos, e apenas uma pequena porcentagem dos casos surge antes dos 45 anos.
No Brasil, pesquisas epidemiológicas indicam que a maioria dos diagnósticos de câncer de mama recai sobre mulheres entre 50 e 69 anos, muitas delas com nível de escolaridade fundamental incompleto e condições socioeconômicas mais baixas. Obesidade e sobrepeso também se destacam como fatores de risco frequentes nesse perfil clínico.
Além dos aspectos etários e socioeconômicos, observa-se uma disparidade racial no câncer de mama. Mulheres negras apresentam maior taxa de mortalidade e maior risco de desenvolver o subtipo triplo-negativo, que costuma ser mais agressivo. A idade média ao diagnóstico é ligeiramente menor para mulheres negras (60 anos) comparada às brancas (64 anos).

Dados do câncer de mama no Brasil (Foto: reprodução/inca.gov.br)
Outubro rosa
A cada outubro, o movimento global Outubro Rosa ganha força no Brasil para sensibilizar a população feminina sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama. Coordenada pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), a campanha reúne ações como distribuição de cartilhas, palestras em unidades básicas de saúde, mutirões de mamografia e mobilização de voluntários para rodas de conversa e caminhadas, criando um ambiente de apoio e informação que favorece a detecção de tumores em fase inicial.
A Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) também tem papel central, definindo prioridades para 2025 que incluem a incorporação de testes genéticos no Sistema Único de Saúde (SUS), a garantia de recursos para cumprir as leis já existentes e a adoção de novas tecnologias para personalizar tratamentos e reduzir o uso de terapias agressivas desnecessárias. Essas estratégias visam não apenas ampliar o acesso ao diagnóstico precoce, mas também garantir que cada paciente receba o cuidado mais eficaz e seguro possível.
Além de iniciativas nacionais, diversas ONGs, empresas e prefeituras promovem eventos de conscientização ao longo do ano, como campanhas de iluminação de edifícios históricos em rosa, programas de educação em escolas e até aplicativos de telemedicina que oferecem orientações para o autoexame mensal. Essa união de esforços fortalece a mensagem de que cuidado e informação caminham lado a lado, tornando o combate ao câncer de mama uma causa coletiva com impacto real na saúde da população.
