A Netflix chamou atenção ao adquirir o tão aguardado roteiro de Quentin Tarantino por impressionantes US$20 milhões, segundo informações obtidas com exclusividade pelo Deadline. Intitulado “The Adventures of Cliff Booth”, o longa tem como protagonista novamente o personagem de Brad Pitt, o carismático dublê e motorista Rick Dalton, que agora assume um papel central nos bastidores do grande estúdio, atuando como um faz‑tudo de confiança.
E a mais nova adição ao elenco é a talentosa Carla Gugino, que se uniu ao projeto, embora seu papel permaneça envolto em mistério, assim como os demais, já que nem a Netflix nem sua equipe comentaram oficialmente. Além dela, o filme conta ainda com a presença de nomes de peso como Yahya Abdul‑Mateen II, Elizabeth Debicki e Scott Caan, elevando ainda mais as expectativas para o trabalho escrito por Tarantino.
De dublê a figura central nos bastidores
No longa original de 2019, Pitt interpretou Cliff Booth, um ex‑veterano de guerra que serviu como dublê do ator Rick Dalton (Leonardo DiCaprio). Agora, em sua continuação, o foco se desloca inteiramente para Booth. Nosso herói viverá como o faz‑tudo dos estúdios de Los Angeles, alguém em quem todos confiam para resolver os mais variados problemas. A trama, segundo rumores, se passará num período posterior ao filme original, explorando ainda mais os bastidores do cinema.

Brad Pitti como Cliff Booth em “Era uma Vez em… Hollywood” (Foto: Reprodução/Netflix)
A produção também pode trazer uma participação mais restrita de Leonardo DiCaprio, reprisando seu papel como Rick Dalton, embora os holofotes estejam definitivamente voltados para Pitt. Há ainda boatos de que Margot Robbie, que interpretou Sharon Tate no longínquo original, possa aparecer brevemente. Essas decisões sugerem que Tarantino pretende criar algo aproximado de um spin-off, estreitando o enredo em torno de Booth.
Dedo de Fincher
Inicialmente, o roteiro fora concebido por Tarantino para seu próprio uso como diretor, mas Pitt teria sugerido que fosse entregue nas mãos de alguém com mais experiência técnica, e com quem ele já trabalhou antes. Ele teria então proposto David Fincher (de “Se7en”, “Clube da Luta”, “O Curioso Caso de Benjamin Button”) como potencial diretor. Tarantino teria recebido a sugestão com abertura, sinalizando um “talvez”. Caso se concretize, esta representará a primeira incursão de Fincher em uma continuação ou franquia, algo incomum para o diretor.
O legado de “Era Uma Vez em Hollywood”
O primeiro filme arrecadou mais de US$ 370 milhões e conquistou dois Oscars: melhor ator coadjuvante para Pitt e melhor direção de arte, entre 10 indicações. O spin‑off, seguindo a obsessão de Tarantino pelos bastidores da indústria cinematográfica, promete manter o tom nostálgico dos anos 1960 em Los Angeles, enquanto redefine o universo de seu protagonista.