Christopher Nolan explicou sua decisão de não mostrar a destruição de Hiroshima e Nagasaki de forma inventiva no filme “Oppenheimer” . Em uma entrevista para a tv norte americana “NBC”, o diretor argumentou que a cena da destruição das bombas não era necessária para contar a história do físico americano J. Robert Oppenheimer, interpretado por Cillian Murphy, e do Projeto Manhattan, que foi responsável pelo desenvolvimento de uma arma nuclear durante a Segunda Guerra Mundial.
Nolan em entrevista sobre o filme “Oppenheimer” (Foto: reprodução/NBC)
Olhar de Nolan sobre o filme
Nolan baseou seu filme na biografia de Oppenheimer e examina a figura do cientista que liderou o Projeto Manhattan 5. O filme “Oppenheimer” alterna entre as memórias do desafortunado chefe da Comissão de Energia Atômica dos Estados Unidos, Lewis Strauss, interpretado por Robert Downey Jr., e as experiências do físico. O filme lançado neste ano, foi campeão de bilheteria, arrecadando mais de U$ 900 milhões e foi muito comentado.
Motivo de não mostrar a destruição
A explicação de Nolan para não mostrar as cenas de destruição foi: “O filme mostra a experiência subjetiva de Oppenheimer. Sempre foi minha intenção me manter fiel a isso. Ele soube do bombardeio junto ao resto do mundo, e eu queria mostrar uma pessoa que estava começando a entender melhor as consequências indesejadas de suas ações. Era tanto sobre o que eu mostro quanto sobre o que eu não mostro”.
O filme não mostra a destruição de Hiroshima e Nagasaki porque se concentra na perspectiva do cientista e na história do Projeto Manhattan 3. O diretor acredita que o público já sabe muito sobre os eventos históricos e que a cena da destruição das bombas não é necessária para entender an importância do filme e a mensagem que ele quer transmitir.
Foto Destaque: Cilian Murphy no filme Oppenheimer (Reprodução/Universal)