Mads Mikkelsen assume o motivo de sempre ser antagonista em Hollywood

Editoria Imag Por Editoria Imag
3 min de leitura

Durante uma entrevista ao Deadline, o dinamarquês esclareceu que a causa crucial às suas constantes escalações como antagonista no cinema norte-americano, sustenta-se pelo seu sotaque, evidentemente, europeu. Sobretudo, perante a pregressa simpatia da indústria à incorporação dos acentos alemães, russos e britânicos aos inimigos dos protagonistas, desde Daniel Brühl sob o personagem de Barão Zemo em “Capitão América: Guerra Civil” até Christoph Waltz na representação do coronel Hans Landa para “Bastardos Inglórios”. 

Ademais, o ator ressaltou a propriedade de realçar os resquícios da sua língua materna nas produções estrangeiras, evidenciando a essencialidade dos diretores estarem, equitativamente, dispostos às atuações com pronúncias acentuadas.

“Já fiz alguns filmes em diferentes idiomas e nenhum deles eu falo, ou pelo menos, não fluentemente. Se eles antecipam uma linguagem perfeita, sem quaisquer sotaques, simplesmente, você deve dizer-lhes para encontrarem outra pessoa”, destacou.

Identidade na indústria internacional

Aos 27 anos de carreira, Mads Mikkelsen coleciona participações em 50 elencos, somando 28 somente na Escandinávia, então, evidenciou-se no cenário independente com “Blomsterfangen”, “Vildspor”, “Monas verden” e “Elsker dig for evigt”, desenvolvidos dentre 1996 a 2002.

Enquanto entre as 22 performances internacionais, viveu vilões para “007 – Cassino Royale”, “Doutor Estranho”, “Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore” e “Indiana Jones e o Chamado do Destino”. Entretanto, o escandinavo encontra-se com pré-produções em andamento sobre três novos títulos: “Dust Bunny”, “The Black Kaiser” e “The Billion Dollar Spy”.


Mads Mikkelsen em “A Caça” (Foto: reprodução/IMDb)


Destaque ao cinema dinamarquês

Em 2012, o irmão do, idem, intérprete, Lars Mikkelsen, promoveu-se, internacionalmente, ao ser premiado para a categoria dedicada à interpretação masculina no Festival de Cannes pelo drama sueco-dinamarquês “A Caça”, co-roteirizado por Tobias Lindholm.

Assim, assumindo analogias às culturais caçadas aos alces, comuns nos costumes nórdicos, o enredo retrata a ruína de Lucas, um professor do ensino fundamental que sofre para provar-se inocente perante uma incriminação inverídica e responsavelmente, representa as consequências dos contextos hodiernos onde os homens são caluniados ou condenados pela sociedade sem ponderações prévias.

Ostentando um orçamento estimado em 20 milhões de coroas dinamarquesas, a concepção conquistou investimentos ofertados por inúmeras instituições com credibilidade na cinematografia escandinava, como Zentropa, Film i Väst, Det Danske Filminstitut, Svenska Filminstitutet e Sveriges Television. Destarte, distribuída pela Nordisk Film, a obra dirigida por Thomas Vinterberg obteve duas indicações para tornar-se o “Melhor Filme de Língua Estrangeira” no ano do seu lançamento, outorgadas mediante Oscar e Globo de Ouro. Além disto, a crítica especializada aprovou o filme com 93% no Rotten Tomatoes e 77 de 100 pelo Metacritic.

Foto Destaque: Mads Mikkelsen em “A Caça” (Reprodução/Nordisk Film)

Deixe um comentário

Deixe um comentário Cancelar resposta

Sair da versão mobile