‘Medida Provisória’: Filme de Lázaro Ramos enfrenta problemas com a Ancine

Ivo Ferreira Por Ivo Ferreira
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 O filme “Medida Provisória”, que marca a estreia de Lázaro Ramos como diretor, está enfrentando problemas com a Agência Nacional do Cinema(Ancine). A película foi exibida pela primeira vez no Brasil durante o 23.º Festival Internacional de Cinema do Rio, mas segue sem uma data definida para estreiar nos cinemas.

 Conforme comunicado emitido pela Trigo Press, assessoria por trás do filme, a produção segue impossibilitada de ter seu lançamento no Brasil, apesar dos inúmeros recursos submetidos por suas produtoras e coprodutoras à Agência Nacional do Cinema (ANCINE).

“Ao longo de mais de um ano foram trocados com a agência dezenas de e-mails, checados o recebimento e andamento de protocolos, bem como foram realizadas consultas processuais”, diz a nota. “Especificamente no dia 21/10/2021, a pouco mais de um mês da previsão de estreia inicial, foi ainda enviada uma carta com questionamento formal à Ancine, via protocolo e copiando setores envolvidos nesta análise. O recebimento desta comunicação foi confirmado, mas não houve manifestação por partes de outros setores.” — disse a assessoria.


Cena do filme Medida Provisória. Foto: Reprodução/Globo Filmes)


 Desde que o desentendimento veio à público, a Agência Nacional de Cinema tem sido acusada de censura velada ao filme, em especial por opositores ao governo vigente.

Não vou dizer se é burocracia, ou censura, qualquer um dos dois é um entrave para a cultura”, declarou Lázaro Ramos em debate posterior a uma exibição no festival.

Ainda em abril deste ano, Sérgio Camargo, presidente da Fundação Cultural Palmares pediu boicote ao longa, descrevendo-o como “pura lacração vitimista e ataque difamatório contra o nosso presidente”.

O filme, bancado com recursos públicos, acusa o governo Bolsonaro de crime de racismo — deportar todos os cidadãos negros para a África por Medida Provisória. Temos o dever moral de boicotá-lo nos cinemas. É pura lacração vitimista e ataque difamatório contra o nosso presidente” — protestou Camargo em suas redes sociais.

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 A Ancine alega que o projeto está em “fase de análise do pedido de investimento para a sua distribuição em salas de cinema” e segue o “trâmite normal”.

A obra trata de um futuro distópico em que negros serão enviados ao continente africano como uma medida de reparação do passado racista, violento e colonial do Brasil. O elenco conta com Seu Jorge, Taís Araujo, Alfred Enoch, Adriana Esteves, Renata Sorrah, Mariana Xavier e Emicida.

 

Foto Destaque: Lázaro Ramos, Diretor do filme Medida Provisória. Reprodução/Globo Filmes

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