Rita Lee deixa álbum gravado com guitarrista em 1973

Lívia Mendes Por Lívia Mendes
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Contabilizando toda a discografia de Rita Lee, são 40 títulos oficiais, sendo seis álbuns com o grupo  Os Mutantes, quatro com o grupo Tutti-Frutti e, na carreira solo, 18 álbuns de estúdio, seis discos ao vivo e cinco discos de remixes. Esse número pode subir se a gravadora Universal Music – que possui o acervo da gravadora Philips – lançar uma edição comercial de um álbum gravado em 1973 por Rita Lee com a guitarrista Lucia Turnbull, com quem formou brevemente uma dupla chamada Cilibrinas do Éden, entre a saída dos Mutantes e a união com a banda Tutti-Frutti.  O álbum foi lançado de forma extraoficial em edições piratas no exterior, em 2008, com arte psicodélica criada para o lançamento, mas permanece fora da discografia oficial da cantora há 50 anos. 


Capa extraoficial do álbum “Cilibrinas do Éden”, gravado em 1973 (Foto: Reprodução/Phillips/Universal)


Na sua edição oficial, o álbum foi intitulado “Cilibrinas do Éden“, mas originalmente se chamaria “Tutti-Frutti” quando foi gravada no estúdio Eldorado, em 1973, sob a orientação do iniciante produtor musical Liminha e com músicos como o baixista Lee Marcucci. Porém, o executivo que comandava a gravadora Philips na época, André Midani, descartou a possiblidade de lançar o disco, que continha um repertorio quase inteiramente autoral – apenas com a exceção da regravação do rock “Minha fama de mau” (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1964). – Foi aproveitado somente o rock “Mamãe natureza“, primeira música composta por Rita Lee após a saída dos Mutantes. 

Contudo, algumas músicas foram “aproveitadas”. Como Bad Trip( Ainda Bem)“, que é a versão embrionária da música “Shangri-lá“. Com alterações de alguns versos por Rita, se tornou um dos hits do álbum blockbuster lançado por ela em 1980. Assim também como Gente fina é outra coisa“, que com outra letra se tornou “Locomotivas“, tema da novela homônima exibida em 1977 pela TV Globo

A dupla apresentou temas musicais mais viajantes como Festival Divino” e “Vamos oltar ao princípio porque lá e o fim“, porém a viagem das Cilibrinas do Éden não durou muito tempo, e terminou poucos meses após terem começado em maio de 1973 em uma apresentação conturbada no evento Phono 73, promovido pela gravadora Philips. 

Com a morte de Rita Lee, nesta segunda-feira (8), é possível que o único álbum da dupla Cilibrinas do Éden ganhe uma primeira edição oficial no Brasil. 

 Foto Destaque: Capa do álbum Cilibrinas do Éden. Reprodução/Divulgação

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