‘Roadrunner’, documentário sobre a vida de Anthony Bourdain, estreia nos EUA cheio de polêmicas

Martina Fróes Por Martina Fróes
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Nem mesmo a morte foi capaz de afastá-lo dos holofotes. O documentário “Roadrunner: A Film About Anthony Bourdain” estreia hoje (16) em todos os cinemas dos Estado Unidos e traz para as telonas um poco sobre a vida do chefe de cozinha que virou celebridade.

O filme conta com imagens de arquivo pessoal e entrevistas com os amigos e colegas mais próximos de Bourdain. Morgan Neville – documentarista da película – faz uma análise sobre como o chefe se tornou um ícone internacional e o que o levou a cometer suicídio no auge da carreira em junho de 2018 dias antes de completar 62 anos.

Em entrevista concedida por telefone ao The New York Times, Morgan discorreu sobre seu novo projeto: “O fato é que sua vida sempre foi cheia de trevas. O que senti que precisava fazer era descobrir como reconciliar esses dois lados de Tony. Porque acho que quando ele morreu, o pensamento avassalador que ouvi das pessoas foi: ‘Como diabos alguém como Anthony Bourdain se matou?’ Porque ele teve uma vida incrível”, inicia.


Trailer oficial de “Roadrunner”, o polêmico documentário que conta um pouco sobre a vida de Anthony Bourdain (Reprodução/YouTube) 


“Os mesmos ingredientes sempre estiveram lá”. Em muitos aspectos, seus pontos fortes eram seus pontos fracos também. Seu profundo romantismo, seu desejo de viajar, sua profunda curiosidade e busca eram seus pontos fortes, mas também coisas que realmente o mantiveram desenraizado e incapaz de sentar e desfrutar das coisas”, conclui.

A história central inicia-se em 1999 e segue ao longo de sua brilhante e bem sucedida carreira quando publica seu primeiro best-seller, “Kitchen Confidential: Adventures In The Culinary Underbelly”. O passeio através dos anos conta como ele adquiriu confiança durante as filmagens das séries “A Cook’s Tour”, “Sem Reservas e Anthony Bourdain: Parts Unknown.”

No decorrer das filmagens, amigos e colegas questionam-se sobre o que poderia teria ocasionado Bourdain a tirar sua vida. O filme faz investigações sobre o passado conturbado do chefe com as drogas e como ele lidava com seus relacionamentos.

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Em três momentos do filme, é utilizado a inteligência artificial para recriar a voz de Anthony. Críticos e jornalistas recriminaram o uso da tecnologia, no entanto, o diretor afirma que a viúva do chefe, Ottavia Bourdain concordou fato esse negado por ela.

Entrevistado pela “GQ”, o diretor disse: “Eu chequei, sabe, com a viúva dele e com seu executor literário, apenas para me certificar que as pessoas ficavam tranquilas com isso. E eles disseram: ‘Tony ficaria de boa com isso. Eu não estava colocando palavras na boca dele. Apenas estava tentando trazê-las à vida”. Ottavia rebateu à declaração em seu Twitter: “Eu certamente NÃO fui a pessoa a dizer que Tony ficaria de boa com isso”.

O filme mal estreou e já está dando o que falar dentro e fora das telas. Resta aguardar sua exibição aqui no Brasil para os palpiteiros de plantão formarem suas opiniões.

 

(Foto destaque: Anthony Bourdain. Reprodução/Instagram)

 

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