A popular série brasileira ‘’Dom’’ que é comercializada pelo serviço de streaming Prime Video tem uma nova temporada confirmada. De acordo com a plataforma, a terceira temporada se passa no Rio de Janeiro e as gravações se iniciam no próximo domingo, 8 de janeiro. A série conta a história de Pedro Dom, um dos traficantes mais procurados do Rio de Janeiro.
Os atores Gabriel Leone, Isabella Santoni, Flávio Tolezani e Raquel Villar, já estão confirmados para retornar na nova temporada. A série é produzida por Vellas e pelo diretor de fotografia Adrian Teijido. Adrian venceu na cerimônia do Prêmio ABC em 2022 e recebeu o prêmio de melhor fotografia do filme “Marighella”, de Wagner Moura e pela série de TV “Dom”, do cineasta Breno Silveira. Breno chegou a completar as gravações da 2ª temporada da série antes de falecer no ano passado aos 58 anos, em decorrência de um infarto fulminante.
Após o sucesso da primeira temporada, chega ao catálogo do Prime Video no dia 17 de março a sua segunda temporada, onde Dom vira o criminoso mais procurado do Rio de Janeiro. A polícia o encurrala, ele tenta fugir, porém acaba encarcerado. Com o objetivo de sobreviver à prisão ele adotará uma nova identidade e precisa fugir antes que seja tarde. A história vai se dividir entre a prisão do criminoso, em meio a uma rebelião carcerária e o conflito entre indígenas e madeireiros na Amazônia dos anos 1970, que envolveu o pai de Dom.
Teaser da 2º temporada de “Dom”. Reprodução/Youtube
”Dom” é baseada em uma história real
A obra é inspirada na história real de Victor, um policial que dedicou toda a sua vida no combate às drogas, porém o seu filho Pedro é dependente químico que se tornou um dos maiores criminosos do Rio de Janeiro, conhecido então como Pedro Dom. Pedro Machado Lomba Neto, nasceu em 1981 e virou um dos maiores traficantes do Rio de Janeiro da década de 2000. Dom começou a usar drogas aos nove anos de idade e passou a conviver com outras crianças dependentes químicas pelas ruas da cidade.
Aos 12 anos, ele passou a furtar itens da mãe dentro da casa em que vivia com ela e mais duas irmãs. Após os pais descobrirem os seus delitos, iniciaram diversas tentativas para fazer com ele se livrasse do vício, chegando a vender um apartamento para pagar os tratamentos médicos e propinas para a polícia, para que o jovem não fosse preso.
Contudo, todas as tentativas não deram certo. Dom foi detido por porte ilegal de armas em 2001, após passar por 14 internações em clínicas de reabilitação, foi liberado pelo juiz por conta de um laudo médico emitido pelo Hospital Psiquiátrico Heitor Carrilho, que justificava dependência química e a decisão foi revogada novamente quando a mãe dele implorou pela sua prisão em um hospital penitenciário, com a intenção de tirar ele das ruas e longe das drogas.
Enquanto estava internado, Pedro se envolveu com assassinos, ladrões e traficantes que, mais tarde, se tornaram seus parceiros de quadrilha. Dom ficou preso por seis meses e foi liberado em fevereiro de 2002, sob a condição de continuar se tratando no hospital. Contudo, ele só frequentou o local uma vez e nunca mais apareceu.
Pedro passou a liderar uma quadrilha de assaltos em edifícios de luxo em 2004, roubando jóias, dinheiro e objetos caros. Após terem acesso à informação de que o traficante sairia do Complexo da Maré para se abrigar na Favela da Rocinha, os policiais montaram uma operação na saída do Túnel Rebouças, no Rio Comprido, com o objetivo de prendê-lo, mas ele fugiu com sua moto, derrubando o bloqueio realizado pelos agentes.
O bandido chegou a lançar uma granada, ferindo Eduardo Clementino, delegado-titular da 22ª DP, e um outro agente. Houve uma perseguição, mas ele foi capturado no terceiro andar de um prédio, sendo atingido com cinco tiros. Após a ação, ele foi levado ao Hospital Miguel Couto, no Leblon, e faleceu pouco tempo depois. Dom morreu em 15 de dezembro de 2005, aos 24 anos.
Foto divulgação: Série “Dom”. Reprodução/Instagram