Sindicato dos Roteiristas do Canadá analisa greve feita em Hollywood

Alanis Zamengo Por Alanis Zamengo
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De acordo com informações do The Hollywood Reporter (THR), os membros do Sindicato dos Roteiristas do Canadá (WGC) têm acompanhado de perto os esforços e a greve em curso dos roteiristas americanos (WGA). Essa observação atenta tem levado o WGC a considerar a possibilidade de incorporar algumas estratégias utilizadas pelos colegas dos Estados Unidos em suas futuras negociações para a renovação de contratos sindicais no Canadá. Victoria Shein, diretora executiva do WGC, afirmou: “Vamos analisar de perto os detalhes do acordo”, conforme comunicado enviado ao THR.

No comunicado, Alex Levine, presidente do Sindicato dos Roteiristas do Canadá, expressou sua admiração pela força e resolução demonstradas pela WGA so longo deste período de greve. Este reconhecimento dos roteiristas americanos é um testemunho da solidariedade entre os sindicatos. É importante notar que, a partir de outubro, o WGC dará início às suas próprias negociações com a Canadian Media Producers Association (CMPA), entidade que representa os produtores independentes dos roteiristas canadeneses.

Susposto fim da greve

No último domingo (24), houve um desenvolvimento crucial na greve, com o WGA e os principais estúdios representados pelo AMPTP (Alliance of Motion Picture and Television Producers) chegando a um acordo provisório. Este acordo traz a esperança de um possível término da greve que, na manhã desta terça-feira (26), completou 147 dias.

Causas da greve

A greve, segundo os roteiristas, teve origem nas negociações salariais da categoria com os principais conglomerados de entretenimento. As principais preocupações que motivaram essa ação incluem o desafio de receber remunerações ajustadas à inflação, a encomenda de séries de televisão com temporadas muito mais curtas e, sobretudo, a ausência de pagamento por ganhos residuais.

Além disso, a greve também abrange uma dimensão tecnológica, pois os roteiristas estão solicitando a regulamentação do uso de Inteligência Artificial em produções, enquanto o sindicato insiste na necessidade de legislação que proíba o emprego de IA na criação ou adaptação de qualquer conteúdo. A AMPTP propõe reuniões anuais para discutir o avanço tecnológico e seu uso no desenvolvimento de projetos.


Presidente do Sindicato de Atores, Fran Drescher, com outros membros da organização que anunciaram a greve (Foto: Reprodução/Mike Blake/Reuters)


Devido à persistente pressão da greve dos roteiristas, que se estende desde maio, a maioria dos projetos dos grandes e pequenos estúdios americanos se encontram em completo estado de paralisação, aguardando a assinatura de novos contratos para retomar as atividades.

 

Foto destaque: Manifestante apoiando a greve dos roteiristas. Reprodução/Mario Tema/Getty Images

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