Confira a crítica de “Argylle, o superespião”

Renato Lagoas Por Renato Lagoas
3 min de leitura
Trailer do Filme ( Reprodução / Youtube / Universal Pictures )

No dia primeiro (01) de fevereiro estreou nos cinemas um dos primeiros Blockbusters de 2024, “Argylle”. O filme dirigido por Matthew Vaughn, responsável pela trilogia “Kingsman”, promete ser um filme de origem de uma nova franquia. O projeto também conta com nomes de peso no elenco como Henry Cavill, Samuel L. Jackson, Sam Rockwell, John Cena, Bryan Cranston e Bryce Dallas Howard. 

Sinopse

No universo literário de “Argylle”, a escritora Elly Conway vive imersa em sua criação: uma série de sucesso que mescla espionagem e humor. No entanto, sua realidade vira de cabeça para baixo quando se vê confrontada com a possibilidade de que seus personagens fictícios possam existir de verdade. Esta é a premissa da trama metalinguística do filme, que coloca Elly, interpretada por Bryce Dallas Howard, em um turbilhão de eventos que desafiam os limites entre ficção e realidade.


Material de divulgação ( Reprodução / Divulgação / Universal Pictures )

Problemas narrativos

Inicialmente, a proposta do diretor Matthew Vaughn de utilizar o humor como uma ferramenta para explorar os clichês do gênero de espionagem se mostra promissora. Através de uma abordagem que utiliza do humor para criticar, o filme brinca com os elementos típicos das tramas de espionagem, como reviravoltas inesperadas e diálogos expositivos. No entanto, à medida que a narrativa avança, a linha tênue entre o ridículo e o constrangedor se torna cada vez mais borrada, atrapalhando nos momentos de seriedade e de comédia.

O elenco estelar entrega performances que equilibram habilmente o tom cômico e o absurdo da história. No entanto, é o roteiro desajustado, assinado por Jason Fuchs, que compromete a coesão narrativa do filme, além de apresentar problemas de ritmo que em certos pontos cansam o público. O excesso de reviravoltas e a falta de desenvolvimento dos personagens acabam por distanciar o público da trama, deixando-o perdido em meio a um emaranhado de eventos que perdem o peso narrativo.

“Argylle” começa como uma promissora aventura metalinguística, mas acaba se perdendo em sua própria piada. Embora ofereça momentos de diversão e um elenco talentoso, o filme falha em encontrar o equilíbrio entre o humor e a narrativa coesa, resultando em uma experiência cinematográfica que deixa a desejar. Com um enredo que oscila entre o fantástico e o absurdo, “Argylle” pode entreter os espectadores mais dispostos a suspender a descrença, mas deixa a sensação de que poderia ter alcançado um potencial muito maior, de toda forma, vale a experiencia pelas cenas de ação bem dirigidas e alguns momentos de humor.

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