Após um intervalo de quatro anos longe das produções seriadas, Fernanda Montenegro retorna às telas como protagonista de um episódio da nova série original do Globoplay, inspirada na rotina intensa e comovente dos profissionais do SAMU. Aos 95 anos, a atriz interpretará uma senhora que vive com a filha, papel de Yara de Novaes, e recebe cuidados diários de uma cuidadora interpretada por Josie Antello. O episódio mergulha em questões delicadas como o envelhecimento, os vínculos familiares e os cuidados paliativos, tudo isso com a sensibilidade e profundidade já esperadas de uma atuação de Fernanda Montenegro.
A série é uma criação de Claudio Torres, Márcio Maranhão e Andrucha Waddington, com direção dividida entre Waddington e Torres. Os roteiros são assinados por Torres e Fabio Mendes, e a produção está nas mãos da Conspiração Filmes. Curiosamente, antes mesmo da estreia, a série já garantiu uma segunda temporada, reforçando a expectativa sobre seu impacto junto ao público.
Elenco de peso
O elenco reúne nomes de peso, como Heloisa Jorge, Emilio de Mello, Jaffar Bambirra, Valentina Herszage, Ana Hikari, Emilio Dantas, Raquel Villar e William Nascimento, além das participações especiais de Stepan Nercessian e Gil Hernández. A volta de Fernanda Montenegro à TV representa mais do que um simples retorno: é um verdadeiro reencontro com a essência da dramaturgia brasileira, que celebra a arte de contar histórias com alma e humanidade.
Fernanda Montenegro é histórica
Montenegro é uma das figuras mais emblemáticas da televisão brasileira, com uma trajetória que ajudou a moldar a linguagem e a qualidade da teledramaturgia nacional. Desde os primeiros teleteatros da TV Tupi nos anos 1950 até papéis marcantes em novelas e minisséries da Globo, sua presença elevou o padrão artístico da TV, trazendo profundidade, elegância e autenticidade às produções.
Fernanda Montenegro no Globe Awards (Foto: reprodução/Lars Nikki/Getty Images Embed)
Além de sua excelência como atriz, Fernanda sempre usou sua visibilidade para defender a cultura brasileira, a liberdade artística e os direitos humanos. Sua indicação ao Oscar por “Central do Brasil” e o Emmy Internacional por “Doce de Mãe” são marcos que projetaram o talento brasileiro para o mundo. Aos 95 anos, ela continua sendo uma referência de ética, resistência e paixão pela arte.
