Em entrevista ao site Omelete, Walter Salles, diretor de “Ainda Estou Aqui”, destacou a importância que a indicação de Fernanda Torres ao Globo de Ouro carrega e sustenta no cenário atual de mídias.
O cineasta declarou que o excesso de imagens no mundo tornam indicações a prêmios em combustível para a existência do cinema independente.
“O fato de Fernanda Torres ser a única atriz indicada que atua exclusivamente em língua não inglesa, já é um prêmio e tanto.”
Salles ainda relembrou o grande sucesso do cinema nacional “Central do Brasil”, lançado há 25 anos e indicado ao Oscar de “Melhor Filme Internacional”. O cineasta também pautou os sentimentos que envolvem e conectam “Ainda Estou Aqui” e “Central do Brasil” mesmo com tantos anos separando as produções.
Salles e o Oscar
A corrida de Walter Salles pelo Oscar não é recente, principalmente quando se trata da colaboração com uma Fernanda — seja ela Torres ou Montenegro, sempre que essa junção de nomes acontece a estatueta do Oscar se sente mutuamente atraída pelas mãos do diretor.
Mas essa atração atinente não é suficiente para quebrar as amarras do favoritismo da premiação, deixando as polaridades invertidas e o Brasil em momento de perda, como aconteceu em 1999, quando Fernanda Montenegro deixou o Oscar para Gwendolyn Paltrow.
Agora “Ainda Estou Aqui” coloca novamente Walter Salles na corrida pelo Oscar 2025 na categoria de “Melhor Filme Internacional”, entretanto, mesmo com a produção elegível a estatueta, Torres ainda não é um nome confirmado, uma vez que “Emilia Perez” lidera o “favoritismo” da Academia para a melhor produção internacional e Karla Sofía Gascón (protagonista da produção) é uma das maiores apostas a competição pela estatueta.
Força nacional
Notavelmente, a simples possibilidade da indicação de Fernanda Torres já movimentou a internet, levando diversos fãs da atriz a engajar sua foto na página oficial da Academia do Oscar. A publicação de Torres alcançou 2,9 milhões de curtidas e mais 800 mil comentários, ultrapassando menção de estrelas internacionais, como Tilda Swinton.
Walter Salles dirige o longa, baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, retratando o período sombrio da história brasileira durante do domínio abusivo dos militares. Na obra, Eunice Paiva se encontra ilhada após o sequestro e assassinato do marido pelos militares. No escuro, vê-se obrigada a enfrentar a dura realidade e lutar por justiça. A produção está em cartaz nos cinemas brasileiros desde novembro de 2024.
O Globo de Ouro 2025 acontece neste domingo (05), às 22h, com transmissão pelo streaming Max, da HBO e também pelo canal TNT. Além disso, você pode acompanhar a cobertura completa aqui no IN Magazine.