Presente no Festival de Cinema de Berlim, Martin Scorsese receberá na premiação o ‘Urso de Ouro Honorário’ em reconhecimento de seu trabalho no cinema. Durante a coletiva de imprensa do evento, a Variety questionou o responsável pelo ‘Assassinos da Lua das Flores’ sobre “o fim do cinema” e o diretor respondeu relatando o que pensa sobre o estado atual.
“Não acho que está morrendo. Acho que está se transformando. O cinema nunca foi feito para ser uma coisa só. Estávamos acostumados a isso. Eu cresci com a ideia de que, se você queria ver um filme, você ia ao cinema. Um cinema bom ou um cinema ruim, mas era um cinema. Sempre foi uma experiência comunitária.”, disse Scorsese.
Ainda durante a entrevista, o diretor reforçou que a tecnologia teve um avanço rápido e que nós tempos de hoje, a única coisa que você pode manter é sua voz individual.
Martin também falou sobre o peso do streaming e a pressão causada pelas IA. “Não se torne escravo da tecnologia, deixe que a gente controle a tecnologia e a coloque na direção certa”, completou.
Sucesso
Nomeado ao Oscar 2024 em 10 categorias, o último trabalho do diretor, “Assassinos da Lua das Flores”, narra a história real dos assassinatos misteriosos que ocorreram entre os anos 1920.
Além das indicações ao Oscar, o filme também concorreu em sete categorias no “Globo de Ouro”, onde a atriz Lily Gladstone venceu a premiação na categoria “Melhor Performance de Atriz em um Filme de Drama”.
Sobre o filme
Nesta produção, o filme mostra como a população indígena se tornou alvo de uma série de crimes bizarros cometidos por homens brancos, após os invasores se enriquecerem por conta da descoberta de petróleo em seu território, nos Estados Unidos, em 1920. Com mais de 3h de duração, o longa já se encontra disponível na Apple TV+.