Walter Salles, Fernanda Torres e Selton Mello participam de Festival de Veneza
Walter Salles decidiu reproduzir sua parceria de sucesso com Fernanda Montenegro em sua nova produção, “Ainda Estou Aqui”, uma adaptação da biografia de Marcelo Rubens Paiva. O filme teve sua estreia para o público e júri do Festival de Veneza neste domingo (11), além de concorrer ao prêmio Leão de Ouro. Elenco pela capital italiana […]
Walter Salles decidiu reproduzir sua parceria de sucesso com Fernanda Montenegro em sua nova produção, “Ainda Estou Aqui”, uma adaptação da biografia de Marcelo Rubens Paiva. O filme teve sua estreia para o público e júri do Festival de Veneza neste domingo (11), além de concorrer ao prêmio Leão de Ouro.
Elenco pela capital italiana e recepção do público
A parceria de Salles com Montenegro não é de hoje: os dois se juntaram em ‘’Central do Brasil’’ em 1998, entregando um dos filmes mais renomados do cinema brasileiro e que já foi indicado ao Oscar. Além de Montenegro, o elenco de ‘’milhões’’ da nova produção do diretor também conta com Fernanda Torres e Selton Mello, que se divertiu bastante pela cidade italiana.
Walter Salles, Fernanda Torres e Selton Mello no tapete vermelho do Festival de Veneza (Reprodução/ Vittorio Zunino Celotto/Getty Images Embed)
Em um passeio de gôndola, o ator brasileiro fez referência a um dos seus personagens interpretados mais icônicos: João Guilherme, de Meu Nome Não É Johnny, filme de 2008. Mello também aproveitou para tirar fotos com o ator Ethan Hawke enquanto estava pela premiação.
“Estou pensando aqui… será que eu grito: ‘eu quero velocitá?” diz o ator em um vídeo divulgado em suas redes sociais.
O filme foi bem recebido em sua exibição mais cedo apenas para a imprensa, com alguns jornalistas se emocionando. Já na exibição para o público em geral, o filme foi aplaudido por exatos 9 minutos.
Prisão do deputado Rubens Paiva na ditadura
Original da plataforma Globoplay, a nova empreitada de Salles é uma adaptação do livro autobiográfico do escritor, dramaturgo e jornalista Marcelo Rubens Paiva em uma homenagem clara à sua mãe, Eunice Paiva, que faleceu em 2018, e as famílias que já perderam algum ente querido para o período da ditadura cívil militar, que durou 21 anos.
Com roteiro de Murilo Hauser, a trama se passa em 1971, durante os anos de chumbo, quando o pai do escritor – que vira o protagonista da obra – foi preso pelos militares e desapareceu, junto com os diversos presos políticos da época. Sem o marido, Eunice se vê sozinha, tendo que criar cinco filhos e tendo necessidade de se reinventar. Interpretada por Fernanda Torres na tela, a mãe do escritor se torna advogada e começa a defender os direitos de povos originários.
A adaptação também foi selecionada para o Festival de Toronto, que acontece entre 5 a 15 de setembro.
