Um imenso caos se instaurou no maior aeroporto da Europa, Heathrow, nesta sexta-feira (21), devido a um incêndio em uma subestação elétrica que abastece o aeroporto.
Além da situação caótica que deixou mais de 290 mil passageiros sem transporte, o incidente ainda causou o desabastecimento elétrico em quase cinco mil residências na região.
Não obstante a situação já estivesse calamitosa, a análise sobre o acidente demonstrou que a energia reserva do aeroporto também foi afetada pelo incêndio, segundo o secretário de energia do Reino Unido, Ed Miliband.
Em entrevista à Sky News, Miliband disse que foi informado acerca do gerador de reserva de energia haver sido também afetado pelo incêndio, deixando o aeroporto sem o fornecimento de energia de reserva.
Sem energia de reserva, os mecanismos de backup também podem ser sido afetados, segundo ele.
Não havia “Plano B”
O incêndio causou, além de cancelamentos, atrasos e desvios de voos, o fechamento do aeroporto, que pode ter suas operações totalmente restabelecidas apenas no sábado (22).
A proporção do acidente acendeu o alerta, segundo especialistas em aviação, sobre a necessidade de se estabelecer um “Plano B” em situações como a vivida nesta sexta-feira. Embora o secretário de energia tenha considerado o incidente como algo isolado, afirmando ser ainda cedo para pontuar algo sobre a segurança da infraestrutura crítica. “É obviamente um evento incomum. Não é algo que já aconteceu antes”, acrescentou.
O analista de aviação Geoffrey Thomas, em entrevista, também considerou ser incomum a falha aparente do suprimento de eletricidade de reserva do aeroporto, porém, ressaltou a necessidade do “Plano B” por considerar Heathrow, em suas palavras, como “principal centro para o mundo”, “vocês são incrivelmente importantes para a economia do Reino Unido. Tem que haver um plano B”, reforçou o especialista.
Aeroporto de Heathrow (Foto: reprodução/Leon Neal/Getty Images Embed)
Aeroporto reaberto no sábado (22)
Apesar dos transtornos causados pelo incêndio, o presidente-executivo do aeroporto, Thomas Woldbye, afirmou que Heathrow extraiu energia de três subestações e duas continuam funcionando, sendo assim, suficientes para restaurar a energia, mas ressaltou a necessidade de reestruturar o fornecimento de eletricidade. “Não fecharíamos o aeroporto a menos que tivéssemos sérias preocupações de segurança”, completou.