A Superfine: Tailoring Black Style, mais nova exposição do MET, que abrirá as portas para o público amanhã (10/05), teve inspiração no livro Black Dandyism and the Styling of Black Diasporic Identity (2009), de autoria deMonica L. Miller, presidente de Estudos Africanos na Barnard College.
A mostra reúne itens que mergulham na história, contada desde o século XVIII até as representações contemporâneas nas passarelas e no cinema. Roupas, acessórios, pertences pessoais, fotos, vídeos e relatos têm origem no dandismo negro, e abordam temas como propriedade, distinção, liberdade, herança, beleza e cosmopolitismo, tais como o relógio de bolso e os broches, que representavam, à época, elegância e independência.
Relógio de bolsosendo usado pelo ator Jimmy Jean-Louis(reprodução/ Ethan Miller/Getty Images)
Vestimenta como elemento de afirmação
Segundo relato de Monica L. Miller, o dandismo negro é uma estratégia e uma ferramenta para repensar a identidade, para reimaginar o eu em um contexto diferente, ultrapassar limites, especialmente durante a era da escravidão. É uma recusa em se encaixar ou mesmo aceitar categorias de identidade dadas ou típicas.
Monica L. Millerem seu discurso no Met Gala 2025 (reprodução/ Slaven Vlasic/Getty Images)
Os negros se tornaram autônomos com o fim da escravidão, e com isso, passaram a criar e influenciar tendências com seu modo e vestir e agir.
Peças usadas por personalidades
Além do acervo peculiar, a exposição permite ao público conhecer algumas peças do cantor Prince, como por exemplo a camisa usada por ele no filme Purple Rain (1984).
Prince em performance nos Estados Unidos em 1984 (reprodução/ Jim Steinfeldt/Michael Ochs Archives/Getty Images)
Abordando essa construção histórica, estética, política e social, especialmente do estilo masculino e do dandismo negro, a mostra fica em exibição até o dia 26 de outubro.