O número de brasileiros que mudam para Portugal cresce a cada ano conquistando as primeiras posições no ranking dos destinos mais procurados. Em 2022 alcançou a marca de 252 mil pessoas apresentando uma alta de 23% em relação a 2021, o correspondente a 29,3% do total da população de estrangeiros no país.
Kamila Medeiros conta que morar em Lisboa, Portugal, é uma experiência incrível, mas nem sempre foi assim. No início foi muito complicado, pois mudar para uma nova cidade ou novo país significa começar uma vida social praticamente do zero.
“O meu primeiro desafio foi encontrar um novo trabalho fora da minha área profissional. Eu trabalhei cerca de quatro anos como Auxiliar Fiscal Contábil, meu primeiro e único trabalho no Brasil, sem nenhuma experiência em outros segmentos. Tive que aprender e me adaptar ainda a uma nova cultura em Portugal, além de fazer novos amigos”, diz Kamila.
(Foto: Reprodução)
Segundo ela, foi um primeiro ano muito difícil, mas no segundo ano, em outro trabalho melhor, já estava melhor psicologicamente para se relacionar com as pessoas com capacidade de selecionar as amizades. Retornou à prática de francês e iniciou os estudos de inglês. A semelhança da língua facilita a comunicação em Portugal, mas é fundamental estudar inglês já que a maior parte da população fala o idioma. Por causa do grande número de turistas saber inglês aumentam as oportunidades de trabalho.
“O clima é agradável permitindo sentir cada estação. Muito calor no verão e muito frio no inverno. Sol leve na primavera e vento refrescante com um pouco mais de chuva no outono. O salário mínimo é baixo em relação aos altos valores dos aluguéis de imóveis, mas restaurantes, passeios turísticos, supermercados, bares, vestimentas, discotecas, transportes públicos e particulares são oferecidos com preços acessíveis”, completa a brasileira.
Seu círculo de convivência, com predominância de brasileiros, é bastante amplo, com portugueses, ucranianos, romenos, italianos, franceses e americanos.
“Tenho ótimos amigos. Converso com pessoas do mundo inteiro e isso é muito construtivo, pois agrega conhecimento. Eu penso que a questão da relação com os portugueses depende de cada situação. Quando trabalhava na restauração, uma área que explora muito os funcionários, eu me sentia insatisfeita com muitas coisas. As pessoas trabalham em demasia, em funções diferentes e sempre falta gente na equipe. Isso gera desgastes psicológicos e físicos com o agravante de funcionários mal remunerados”, finaliza Kamila.
Kamila Medeiros pretende continuar estudando, trabalhando e investindo em Portugal para conquistar a estabilidade financeira. Para acompanhar mais
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