O fenômeno ”quick quitting” , ou traduzindo para o português, demissão rápida, está tomando conta das pequenas e grandes empresas. O nome já pode ser considerado a nova tendência do mercado de trabalho, e na internet tem ganhado cada vez mais fama, espaço e conhecimento do público.
Uma pesquisa realizada pelo Linkedln, mostrou que o número de demissões de funcionários das empresas, entre o período de um ano após o início de um novo emprego vem aumentando significativamente, desde o mês de agosto de 2021. O fenômeno atingiu seu maior pico no mês de março de 2022, e continua com números constantes desde então.
Outro dado mostrado no estudo realizado pelo Linkedln, é o de que trabalhadores têm ficado menos tempo em cargos que oferecem salários maiores, como é o caso dos setores de tecnologia e serviços financeiros. Nestes setores, é exigido uma demanda de habilidade dos trabalhadores, o que mostra que ”há uma sensação de alavancagem para aqueles que buscam uma nova função”.
Imagem ilustrativa do mercado de trabalho (Foto: Reprodução/ Twitter)
Porém infelizmente não é em todos os setores que essa ”alavancagem para aqueles que buscam uma nova função”, torna-se possível. Como existem muitos setores e cargos que demandam um conhecimento prévio maior, o número de pessoas habilitadas a assumir os postos diminuíu e o número de demissões aumentou, gerando incompatibilidade nos números.
Jessica Stillman, colunista, aponta que este fênomeno não é uma novidade, porém vale examiná-lo sobre um novo ponto de vista. ”Quase todos eles envolvem empregadores que deturparam grosseiramente a função ou exigiam lealdade ou esforço excepcional de novos contratados sem demonstrar qualquer lealdade ou investimento no funcionário”, ressalta ela.
”O que provavelmente é o maior aprendizado para chefes fatigados. Você pode estar cansado e com poucos funcionários, mas ainda colhe o que planta. Então, se você quer que seus novos contratados permaneçam, você precisa mostrar a eles a mesma honestidade e consideração e respeito que você espera que eles demonstrem”, disse Jessica.
Para Jessica, outro ponto levantado pela pesquisa é o aumento de barganha dos trabalhadores e as novas prioridades pós-pandemia, onde os trabalhadores mostram-se cansados e que não toleraram a exploração no trabalho.
Outro ponto importante que vale ressaltar, é o fenômeno da demissão rápida entre os jovens, que vem preocupando os especialitas, pois eles puxam este número para cima, na hora de demissões com menos de um ano de serviços. Uma resposta para este levantamento, é o de que os jovens estão cada vez mais impaciente e cansados.
Foto Destaque: Imagem ilustrativa da engrenagem do mercado de trabalho. Reprodução/Twitter